05abr • 23 12 livros para 2023, Bernard Cornwell, Desafio das GeLs, Fantasia, Ficção, literatura estrangeira, Literatura Inglesa, Record, resenha, Resenhas de Livros, Romance

Resenha 436 Excalibur

Título: Excalibur
Série: As Crônicas de Artur
Ordem: 3
Autor: Bernard Cornwell
Editora: Record
Gênero: Romance/ Ficção/ Literatura Estrangeira
Páginas: 532
Ano: 2014
Classificação: 5 estrelas
Compre o Livro
Sinopse: Neste terceiro volume da série, iniciada com “O Rei do Inverno” e sequenciada por “O Inimigo de Deus”, o escritor imerge o leitor em uma Britânia cercada pela escuridão. E apresenta os últimos esforços de Artur pra combater os saxões e triunfar sobre um casamento e sonhos desfeitos. “Excalibur” mostra, ainda, o desespero de Merlin, o maior de todos os druidas, ao perceber a deserção dos antigos deuses bretões. Sem seu poder, Merlin acha impossível combater os cristãos, mais perigosos para a velha ilha do que uma horda de famintos guerreiros saxões. O livro traz vívidas descrições de lutas de espada e estratégias de guerra, misturadas com descrições da vida comum naqueles dias: longas barbas servindo como guardanapos, festivais pagãos, com sacrifícios de animais, e pragas corriqueiras, como piolhos. Tendo por narrador um saxão criado entre os bretões, Derfel, braço direito de Artur, “Excalibur” acompanha os conflitos internos de Artur, recém-separado da esposa, mas ainda apaixonado por sua rainha. Atacado por velhos inimigos, perseguido por novos perigos. Mas sempre empunhando a espada Excalibur, um dos Tesouros da Britânia legados aos homens pelos antigos deuses dos druidas. Cornwell mostra, ainda, como as ameaças vindas de todos os lados acabam fazendo com que Artur se volte para a religião, chegando a batizar-se como cristão. Todos os sacrifícios são válidos para salvar sua adorada Britânia e conceder-lhe a tão almejada paz.

Hey galera, como estão? Chegamos ao terceiro e último livro da saga de Artur, na versão de Bernard Cornwell, e é hora de descobrir o desfecho da lenda, vamos lá?

O livro começa com um Artur muito magoado após descobrir as traições de sua amada Gwen, digamos que ele está bem raivoso e afastado de todos os bons amigos, principalmente de Derfel, o narrador e a pessoa que testemunhou a traição. Bom, Gwen está presa, Artur seguindo com a própria vida e Derfel o mesmo. Uma nova ameaça saxã está vindo contra a Britânia e dessa vez é completamente diferente, pois os dois principais reis saxões estão unidos para dominar de vez a Britânia e para que isso não aconteça, Artur precisa tentar unir seus aliados e investir para exterminar de uma vez por todas com esses inimigos.

Em paralelo, temos a questão religiosa. Merlin ainda está disposto a invocar os deuses e agora ele tem a vantagem de ter em posse os tesouros da Britânia. Com a ajuda de Nimue e outros aliados, eles pretendem finalmente invocar os deuses e devolver a Britânia para eles e exterminar de vez a ameaça da religião cristã. Temos nesse livro um paralelo de guerras interessante, a religiosa e a humana, e ambas têm o seu quinhão de violência.

Artur acredita nas pessoas, ele não tem fé em nenhum deus, apesar de respeitar as crenças. Ele acredita nas soluções humanas e não em forças exteriores que poderiam vir salvá-los. Nesse livro isso fica ainda mais claro através das decisões que ele toma. A guerra para Artur é quase um jogo de xadrez, ele vai mexendo as peças e se movendo com elas, e as consequências o atingem também.

Vamos ainda alternar entre tempos de paz e de guerra. A sensação é de desfecho e que em breve a história de Artur vai chegar ao seu fim. Vamos entender também como Derfel chegou à posição em que se encontra e tudo vai sendo muito bem explicado. As cenas de guerra são narradas de forma incrível, a sensação que dá é de que realmente estamos junto com os guerreiros e sério, é maravilhoso.

A última guerra é aquela mistura de tudo dando muito certo e depois dando tudo muito errado ao ponto de nos deixar sem fôlego rs. Bernard me conquistou, transformou o Derfel em um ótimo narrador e deixou a história mais fluida e interessante. O final é literalmente o nascimento da lenda, é lindo e eu fiquei emocionada rs.

Minha dica é que vocês leiam, creio que ainda não encontrei uma narrativa tão interessante sobre a vida de Artur quanto essa de Bernard. Aqui nós temos um rei que nunca foi coroado, um homem que desejava a simplicidade, mas que claramente nasceu para fazer grandes coisas, um líder que naturalmente conquistava seus aliados e fazia tremer seus inimigos. Sem grandes pretensões e extremamente fiel aos seus juramentos, a versão de Bernard Cornwell para Artur conseguiu mostrar que para ser grande, o homem precisa ser apenas ele mesmo e fiel a si, inclusive com todas as suas imperfeições, e vamos combinar que Artur tinha várias rs.

Indico demais a leitura, leiam toda a trilogia e se emocionem com a lenda real que foi Artur. Até breve!

Confira a resenha em vídeo

confira também os Posts Relacionados

Comente com o Facebook

Deixe seu comentário