27mar • 19 12 livros para 2019, Best Bolso, clássico, Jane Austen, literatura estrangeira, resenha, Resenhas de Livros, Romance

Resenha #265 Razão e Sensibilidade

Título: Razão e Sensibilidade
Autor: Jane Austen
Editora: Best Bolso
Páginas: 400
Ano: 2013
Gênero: Clássico/ Romance/ Literatura Estrangeira
Classificação: 4 estrelas

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Sinopse: “Primeiro romance de Jane Austen, ‘Razão e Sensibilidade’ conta a história de duas irmãs com personalidades muito diferentes: Elinor é razão, Marianne é sensibilidade, e Jane Austen usa ambas para mostrar os perigos de ser franco demais numa sociedade essencialmente hipócrita onde há muito mais mérito em esconder do que em mostrar.” -Julia Romeu, no prefácio “Cérebro e Coração”.

Após a morte de Henry Dashwood, sua esposa e filhas – a sensata Elinor, a romântica Marianne e a jovem Margaret – veem-se subitamente empobrecidas e obrigadas a trocar sua confortável mansão por um pequeno chalé em Barton Park. Enquanto Elinor é controlada e cautelosa, Marianne demonstra abertamente seus sentimentos, recusando-se a adotar a conduta hipócrita que é esperada dela. Apesar de sua prudência, Elinor torna-se cada vez mais apegada a um homem inacessível. Marianne, por sua vez, descobre que seu temperamento afetuoso não é suficiente para garantir sua felicidade. As irmãs enfrentam grandes desafios em suas vidas amorosas e são forçadas a encontrar o equilíbrio entre razão e emoção antes de conquistarem o verdadeiro amor. Com sua ironia característica, a autora faz um retrato mordaz da sociedade inglesa do início do século XIX.

Hey galera, como estamos?

Hoje vim conversar com vocês sobre Razão e Sensibilidade, o primeiro livro publicado pela maravilhosa Jane Austen. Esse é o quarto livro do desafio #12livrospara2019 e eu estava bem ansiosa para comentar com vocês as minhas impressões, mas antes um breve resumo do enredo. Vou tentar ser breve para evitar spoilers.

Razão e Sensibilidade traz duas irmãs como protagonistas, Elinor e Marianne, as duas jovens vivem com a irmã mais nova e a mãe que acabou de ficar viúva. Elas tem ainda um irmão mais velho, fruto do primeiro casamento do Sr. Dashwood, que após a morte do pai herda toda a herança da família e a responsabilidade de cuidar das meias-irmãs. Porém as promessas feitas no leito de morte nem sempre são bem interpretadas e nossas mocinhas ficam à mercê da boa vontade do irmão e de sua esposa nada generosa.

Até receberem um convite de um primo distante, que ao saber da situação da família oferece um chalé para elas morarem. É lá que a história se desenvolve, elas conhecem várias pessoas, criam laços de amizade e as confusões e problemas amorosos acontecem.

Elinor e Marianne tem personalidades muito distintas e cada uma traduz o título do livro. A mais velha é razão e a mais nova, sensibilidade. Enquanto Elinor é analítica, centrada, controlada e tenta ver tudo pelos olhos da razão sem se deixar levar pelas emoções, Marianne é toda sentimentos. Ela tem vários arroubos de emoção e sofre tanto a ponto de afetar sua saúde.

“Essa conduta muitas vezes os tornava motivo de riso, mas o ridículo não os envergonhava e parecia não incomodá-los de modo algum.”

Cada uma tem um interesse amoroso, Edward logo se encanta por Elinor. Ele é irmão da cunhada de nossa mocinha e quando se conhecem logo passam a ter uma conexão, se tornam inseparáveis, porém o relacionamento não era bem visto pela família do rapaz por Elinor não ser rica.

Já Marianne conhece o jovem Willoughby e no mesmo instante parece ter conhecido sua alma gêmea. Eles se completavam, porém algo impedia o casal de dar o próximo passo que seria o casamento, e isso não contarei para deixá-los curiosos rs.

A história vai girar em torno das irmãs tentarem encontrar a felicidade amorosa e a forma como elas lidam com os obstáculos que vão surgindo no caminho, e olha… são muitos!

Eu adorei ter lido esse livro, foi o terceiro da Jane que li contando com Emma e o mais famoso Orgulho e Preconceito. Achei Razão e Sensibilidade tão divertido! Apesar do sofrimento da Marianne eu a achava tão engraçada quando dramatizava por qualquer coisa que me rendeu umas boas gargalhadas. Sensacional! Já com a Elinor aconteceu uma profunda identificação, a personalidade dela é muito parecida com a minha e por isso se tornou minha personagem favorita.

“Elinor era o conforto dos outros mesmo em sua própria tristeza, que não era menor do que as deles, e era capaz de dar todo consolo que poderia ser dado pela segurança de sua própria força interior.”

Razão e Sensibilidade me pareceu ser uma prévia para Orgulho e Preconceito, é possível observar certas semelhanças entre as obras, e O&P parece ser uma versão aperfeiçoada de R&S, claro que com seu próprio e enredo. Isso não faz com que R&S perca seu mérito, foi o livro de estreia da Jane e com ele, ela já foi muito bem sucedida.

Mas nem tudo é perfeito e teve alguns detalhes que me fizeram tirar uma estrela da minha avaliação. Os mocinhos são um desastre… decepcionantes. Sim, eu sei que nem todos podem ser o Sr. Darcy rsrs, mas Edward e Willoughby são muito fracos em personalidade e caráter. Um é perdoável, o outro não. Por sorte temos o coronel Brandon para dar uma aliviada na situação, mas nem ele salva tudo.

Fora isso, R&S é um ótimo livro. A leitura flui que é uma beleza e quando pisquei tinha acabado. Adorei o desfecho e como tudo se resolveu, juro que para um dos casos não via mais solução, mas temos finais felizes para ambas as mocinhas e isso é perfeito.

Ah, depois de finalizar a leitura, assisti a adaptação de 1995 com a Kate Winslet. Que adaptação ótima, fica a dica! Cortaram o que era superficial na história e mantiveram o essencial, filme maravilhoso. Tem na Netflix, então se forem ler esse livro, te convido a fazer como eu e assistir a adaptação em seguida.

Espero que vocês tenham gostado e em breve volto com mais.
Até lá!

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