30abr • 18 Cassandra Clare, Fantasia, jovem adulto, literatura estrangeira, resenha, Shadowhunters

Resenha #217 Senhor das Sombras (Os Artifícios das Trevas #2)

Título: Senhor das Sombras
Série: Os Artifícios das Trevas
Volume: 2
Autor: Cassandra Clare
Páginas: 602
Editora: Galera Record
Gênero: Jovem Adulto, Fantasia, Literatura Estrangeira
Classificação: 3 estrelas

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Sinopse: A ensolarada Los Angeles pode ser um lugar sombrio na continuação de Dama da Meia-Noite, de Cassandra Clare. Emma Carstairs finalmente conseguiu vingar a morte dos pais e pensou que com isso estaria em paz. Mas se tem uma coisa que ela não encontrou foi tranquilidade. Dividida entre o amor que sente pelo seu parabatai Julian e a vontade de protegê-lo das graves consequências que um relacionamento entre os dois pode trazer, ela começa a namorar Mark Blackthorn, irmão de Julian. Mark, por sua vez, passou os últimos cinco anos preso no Reino das Fadas e não sabe se um dia voltará a ser o Caçador de Sombras que já foi. Como se não bastasse, as cortes das fadas estão em polvorosa. O Rei Unseelie está farto da Paz Fria e decidido a não mais ceder às exigências dos Nephlim. Presos entre as exigências das fadas e as leis da Clave, Emma, Julian e Mark devem encontrar um modo de proteger tudo aquilo que mais amam — juntos e antes que seja tarde.

Aviso: Contém spoiler do livro anterior.

Não pensei que fosse dizer isso em um futuro próximo, mas Cassandra Clare me decepcionou, e nessa resenha você vai conhecer os motivos.

Porém antes um breve resumo sobre a história.

Senhor das Sombras é a continuação de Dama da Meia-Noite, lá no primeiro livro começamos a acompanhar a saga do Blackthorne em Los Angeles e os eventos que culminaram na descoberta da traição do feiticeiro Malcolm Fade, e seus planos para trazer seu antigo amor de volta à vida.

Em Dama da Meia-Noite, muitos segredos são revelados e eu adorei o livro do começo ao fim, principalmente por causa da premissa de parabatais apaixonados. Se você começou a ler os livros na ordem cronológica de lançamento, sabe que isso é algo proibido, um tabu até. Mas nunca soubemos até então os motivos, e eu confesso que achei sensacional a ideia da maldição!

Então chegamos ao segundo livro, as coisas terminaram de forma tensa entre Emma e Julian justamente pela nossa mocinha saber sobre a maldição e não querer prejudicar Julian e sua família. Mas como faz quando você é loucamente apaixonada pelo seu melhor amigo que por um acaso também é seu parabatai, a pessoa com quem você tem uma ligação tão forte… tenso!

Não havia como separar Jules e Emma gentilmente. A mera ação de separá-los era como um ato de violência, um rasgo no tecido do mundo.

Porém isso não é tudo, Julian e seus amigos descobrem que o Rei da Corte Unseelie está tramando algo para destruir os poderes dos Shadowhunters, é então que eles recebem uma proposta da Rainha Seelie e a promessa de que ela lutaria ao lado deles se eles encontrassem e entregassem o Volume Negro dos Mortos – o livro de magia negra que começou toda a história – a ela.

É então que todos os Blackthornes e seus amigos se mobilizam em busca do livro ao mesmo tempo em que tentam provar para a Clave a seriedade dos eventos que podem se desenrolar, caso o Rei Unseelie consiga concretizar seus planos.

Essa é a base do livro, mas tem muito mais nessa história e se eu fosse comentar tudo não caberia nessa resenha e provavelmente teria que spoilar algo rs. Então vou explicar os motivos da minha decepção.

Quando eu disse que tem muito mais na história, é verdade, tem MUITO mais coisas acontecendo e eu tive a sensação de que a Cassandra quis abraçar o mundo, levantar N bandeiras e tudo acabou ficando desleixado.

O livro é uma sequência enorme de drama adolescente, temos páginas e páginas do Julian sofrendo por desejar a Emma e vice-versa. É um chove não molha tão grande que nas primeiras páginas você se pega suspirando, mas depois só revira os olhos e pensa “se peguem logo e parem com essa palhaçada”. 

Mas eles não são os únicos!

Temos a Cristina envolvida numa atração indefinida com o Mark, a volta do Kieran pra completar o triângulo, os gêmeos envolvidos com o Herondale perdido rsrs e a Diana finalmente revelando seu segredo. Confesso que nunca tinha me passado pela cabeça e foi surpreendente.

Mas gente, pela carga emocional, parecia que eu estava lendo um livro da Jojo Moyes e não da Cassandra Clare! É muito drama e pouca ação o tempo todo, e esses dramas roubam a atenção de tudo mais. Esquecemos da rainha, esquecemos até do rei que é o Senhor das Sombras e essa parte não evolui nesse livro.

Eu vi também algumas incoerências no livro que me incomodaram muito, tem uma determinada cena já no final do livro entre a Zara e o Alec com um diálogo ridículo, e eu me questionei se a Cassandra tinha mesmo escrito aquilo… muito caricaturado e infantil. O livro também tem uma carga política muito forte, não vejo problema algum aí se for bem feito, mas a forma como a Cassandra descreve o grupo contrário e extremista me pareceu novamente muito caricaturado.

E o livro termina de uma forma muito sacana! Claro que com o mundo desabando! Eu só não paro de vez com esse mundo dos Shadowhunters porque estou curiosa pelo final e tenho um apego muito forte pelo Julian e pela Emma.

Nos meus sonhos, eu a vejo com Cortana na mão. Confio que você sempre continuará lutando, Emma. Confio que nunca vá desistir.

Nessa minha edição veio uma cena extra cortada da edição final, eu li e fiquei bem feliz por ter sido tirada, completamente desnecessária e mais um show de drama. Eu só conseguia revirar os olhos porque meu limite para o mimimi já estava transbordando.

Bom, eu vou parar por aqui, três estrelas e ainda considero muito rs. Só um pedido Cassandra, menos drama bobo no último livro please! Quero ver o circo pegar fogo rs. #oremos

Quando as pessoas morrem, o sonho do que elas poderiam ter sido morre com elas. Mesmo que as mãos que encerram esses sonhos sejam as nossas.

Até a próxima.

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