07maio • 20 clássico, Ficção, Franz Kafka, literatura estrangeira, resenha, Resenhas de Livros

Resenha #312 A Metamorfose

Título: A Metamorfose
Autor: Franz Kafka
Editora: Antofágica
Páginas: 232
Ano: 2019
Gênero: Clássico/ Literatura Estrangeira
Classificação: 5 estrelas

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Sinopse: Quando Gregor Samsa, certa manhã, acordou de sonhos intranquilos, tudo mudou. Não só em sua vida, mas no mundo. Ao se encontrar metamorfoseado em um inseto monstruoso, Gregor acompanha as reações de sua família ao perceberem o estranho ser em que ele se tornou. E, enquanto luta para se manter vivo e entender a sua nova realidade, reflete sobre o comportamento de seus pais, de sua irmã e de seu chefe, e de forma ainda mais angustiante, pensa na própria vida até então.

Uma mítica que criei para mim foi de que clássicos possuem uma leitura mais complicada e isso me afastou de grandes livros e consagrados autores, porém isso agora é passado.

Lutando contra tal estigma enveredei na leitura de A Metamorfose, conto mais conhecido do autor, lançado em 1915.

A Metamorfose surpreende já em sua primeira frase, jogando o leitor no clímax da história, com o personagem principal, Gregor, já metamorfoseado num inseto gigante. A partir daí a história trata sobre como os familiares são afetados por essa metamorfose e as implicações sociais dela.

Algumas das passagens mais emblemáticas do livro se encontram justamente em seu início quando da visita do gerente do personagem principal a fim de saber o porquê deste não ter ido no trem mais cedo.

A questão social trazida por Kafka quando o principal provedor da família se encontra incapacitado de laborar, colocando o resto da família na posição de lutar pelo próprio sustento, se torna um dos pilares do livro e acaba mudando, ainda mais, como a família percebe a metamorfose.

Ao final, a solução do autor é realmente a que mais de adequa para a história contada, a vida continua com suas intempéries e surpresas e isso é, ao mesmo tempo, belo e triste.

O texto fluído e inteligente faz do conto de Kafka uma leitura tranquila, sem o peso que achei que teria. Após a desmistificação de Kafka, o céu é o limite, e os bichos escrotos saíram dos esgotos.

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