03abr • 19 drama, literatura estrangeira, resenha, Resenhas de Livros, Romance, Tijan

Resenha #268 Bad Boy Brody

Título: Bad Boy Brody
Autor: Tijan
Editora: Independente
Páginas: 250
Ano: 2018
Gênero: Romance/ Literatura Estrangeira/ Drama
Classificação: 2 estrelas

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Sinopse: Um soco o levou do Golden Boy de Hollywood ao Bad Boy Brody. A mídia não se importa que está de luto pela morte do irmão. Cai em cima, mas para mudar sua reputação, sua empresária consegue em acordo.

Atuar em um filme independente, que teria rumores de Oscar, e conseguria o papel do filme que precisava para garantir seu futuro. Ele aceita o acordo.

No entanto, não está preparado para as pessoas reais por trás do roteiro. Não está preparado para o assassinato em que o filme foi baseado. E realmente não está preparado para ela, o maior segredo de todos.

Ela é selvagem. Ela é bonita. Ela desafia a gravidade. Mas ela é o papel principal que o domará?

Segundo livro da Tijan e confesso que esperava mais… Não sei se fui com muita sede ao pote, após ter gostado tanto de Ryan’s Bed, mas pela premissa desse livro, imaginei que seria muito melhor, mas daqui a pouco falo mais sobre isso. Antes vamos a um breve resumo do enredo.

O livro traz Brody como protagonista. Ele é uma estrela de Hollywood em ascensão, porém nessa melhor fase de sua vida uma tragédia acontece. Seu irmão vem a falecer e isso tira nosso mocinho do eixo e ele começa a ter atitudes auto destrutivas.

Tô começando a ver um padrão nessas história da Tijan, não? rs.

Bom, para dar um up em sua imagem, sua agente consegue que ele vá trabalhar em um filme menor, mas que pelos rumores poderia lhe render um óscar. A história é sobre o assassinato de Karen Kellerman, esposa de Peter Kellerman, um multimilionário americano, e que foi morta pelo primeiro marido. O filme seria uma forma de honrar a memória de Karen e seria todo gravado nas terras da família.

Apesar da família Kellerman ser famosa por seus empreendimentos e riqueza, eles guardam um segredo da grande mídia. Karen tinha uma filha do primeiro marido e essa jovem vive na fazenda, porém ela é uma figura muito diferente do imaginável.

Morgan tem uma afinidade com cavalos, ela passa a maior parte do seu tempo vivendo com um rebanho de Mustangs selvagens, após a morte da mãe e do afastamento dos irmãos, ela foi “adotada” por esses animais e eles são quase como família para nossa mocinha.

Mas se vocês estão pensando que encontrarão algo no estilo Tarzan nesse livro, já deixo claro que não é bem assim! Morgan optou por se desligar do mundo dos humanos e viver com os animais, ela tem um lado selvagem que é fascinante, mas também possui seu lado humano e de tempos em tempos ela volta ao convívio de seus pares. Ela simplesmente não vê necessidade.

Até conhecer Brody. A estrela do filme sobre sua mãe.

A atração entre os dois é instantânea e a Morgan faz aflorar em Brody todo o seu instinto protetor. Ela é fascinante, toda a relação com os cavalos é algo que ele sabia que chamaria a atenção para ela, o que ninguém de sua família e nem ela queriam. Mas eles logo se tornam um casal e Brody começa a disputar a atenção de Morgan com seu instinto de fuga.

Morgan é uma mulher da natureza, ela ama estar com o rebanho, desaparecer e ficar longe, o que é difícil quando se está apaixonado. E essa é um dos maiores desafios para Brody, como fazer Morgan ficar se seu instinto natural é fugir? Em paralelo temos as gravações do filme acontecendo e algumas questões suspeitas surgindo a respeito do assassinato de Karen para nos deixar bem curiosos.

Isso tudo já serviria pra ser um livro pra nos pegar de jeito né? Mas não é assim.

Bad Boy Brody tem muitas falhas e a principal é a enrolação para as coisas acontecerem e a superficialidade com que acontecem.

A relação entre Morgan e Brody não me pareceu tão de almas gêmeas como o livro relata, eles não me convenceram e com 60% do livro lido me deu vontade de abandonar a leitura. O Brody sofrendo pelo irmão é algo natural, mas ele constantemente relembrando o episódio e usando isso para justificar suas atitudes me deu nos nervos. Passou de ser um evento traumático que deveria me deixar, como leitora, sensibilizada, para só me fazer revirar os olhos sempre quando citado. Ou seja, um recurso tão repetido que ficou superficial.

Outros plots que poderiam ter se desenvolvido como a possibilidade de um dos meios-irmãos da Morgan ser um “vilão” não foi bem utilizado. Deu-se a entender que sim, mas depois uma solução meia boca resolveu a questão. Sem detalhes aqui para não spoilar, mas conto para quem perguntar nos comentários.

E o final, como vários livros que li recentemente, foi decepcionante.

Narrado em terceira pessoa, pelas visões de Brody, Morgan e Matthew – irmão da Morgan, esse era um livro com todos os elementos para ser maravilhoso, mas que não é tão bom assim. Por isso não indico. Da Tijan, por enquanto só indico Ryan’s Bed.

Até breve.

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