21jun • 18 intrínseca, literatura estrangeira, mistério, resenha, Resenhas de Livros, Suspense

Resenha #225 Objetos Cortantes

Título: Objetos Cortantes
Autor: Gillian Flynn
Editora: Intrínseca
Páginas: 254
Ano: 2015
Gênero: Suspense/Thriller/Literatura Estrangeira
Classificação: 2,5 estrelas

Compre o Livro

Sinopse: Uma narrativa tensa e cheia de reviravoltas. Um livro viciante, assombroso e inesquecível. Recém-saída de um hospital psiquiátrico, onde foi internada para tratar a tendência à automutilação que deixou seu corpo todo marcado, a repórter de um jornal sem prestígio em Chicago, Camille Preaker, tem um novo desafio pela frente. Frank Curry, o editor-chefe da publicação, pede que ela retorne à cidade onde nasceu para cobrir o caso de uma menina assassinada e outra misteriosamente desaparecida.

Desde que deixou a pequena Wind Gap, no Missouri, oito anos antes, Camille quase não falou com a mãe neurótica, o padrasto e a meia-irmã, praticamente uma desconhecida. Mas, sem recursos para se hospedar na cidade, é obrigada a ficar na casa da família e lidar com todas as reminiscências de seu passado. Entrevistando velhos conhecidos e recém-chegados a fim de aprofundar as investigações e elaborar sua matéria, a jornalista relembra a infância e a adolescência conturbadas e aos poucos desvenda os segredos de sua família, quase tão macabros quanto as cicatrizes sob suas roupas.

 

Hey pessoas! Prontos para um suspense de leve?

Então vem comigo rs.

A leitura de Objetos Cortantes foi proposta pelo Jão, nosso Snow aqui do blog. Ele comentou sobre a série que vai estrear pela HBO e antes da estreia resolvemos fazer um Buddy Read do livro. Então eu, a Mi e o Jão começamos a leitura.

Eu confesso que não consegui respeitar o cronograma de leitura, comecei o livro de manhã e terminei a noite. Foi impossível parar! O que eu considero um ponto positivo quando uma história te prende dessa forma.

O livro traz Camille, uma jornalista mediana de um jornal mediano de Chicago, como protagonista. Quando o desaparecimento de uma adolescente acontece em sua cidade natal, o chefe de Camille acredita ser essa a chance que ela precisa para fazer a matéria investigativa de sua vida.

Ele então envia Camille para Wind Gap, uma pequena cidade do Missouiri. Em um primeiro momento, sabemos que ela não quer voltar pra lá, mas não sabemos muito dos motivos, só que ela não é próxima a mãe e nem a irmã, a família que deixou em Wind Gap.

Quando chega à cidade, Camille começa a investigar e tentar descobrir sobre o desaparecimento e sobre o assassinato de uma garota de idade semelhante da desaparecida. O livro vai se desenvolvendo através dessa investigação até que se volta quase que totalmente para a relação da Camille com a mãe Adora e a irmã Marian.

Essas três personagens são muito interessantes. Adora é uma mulher no mínimo difícil, aquele tipo de pessoa que não poupa palavras e críticas às filhas. A Marian é uma adolescente de 13 anos com uma personalidade no mínimo assustadora. Ela tem uma maldade própria nas palavras e atitudes que não lembram uma jovem. Sabe aquelas abelhas rainhas ao estilo Regina Geórgia? Essa é a Marian só que elevada à décima potência. E a Camille que aos poucos vamos vendo seus problemas psicológicos surgirem e o que a fez se tornar a mulher que é.

O livro no geral é bem mediano, nada surpreendente ou aquilo que se espera de um suspense. Perdoável por se tratar do livro de estreia da Gillian, e acho que fui com muita sede ao pote e acabei me decepcionando. Senti que faltou profundidade no livro e apesar dos dramas tensos e intensos que as personagens vivem, principalmente a Camille, não consegui me conectar com ela ou qualquer um deles.

Achei que a Gillian também limita muito sua lista de suspeitos do desaparecimento/assassinato. Não tem muita margem pro leitor imaginar e criar teorias. É um livro limitado e que limita a imaginação do leitor nesse sentido.

Já já a série chega e confesso estar muito curiosa pra descobrir como eles vão trazer pra tela o que li no livro, principalmente algumas cenas um tanto polêmicas…

Bom, fica a dica galera. Objetos Cortantes é um livro curto e interessante, mas não espere algo genial, Garota Exemplar é muito melhor.

Até breve!

Confira a resenha em vídeo!

confira também os Posts Relacionados

Comente com o Facebook

Deixe um comentário para Barbara LimaCancelar resposta

4 Comentários

  • Macêdo Soares
    14 abr 2021

    A leitura não prende muito o leitor. Tem altos e baixos. A personagem principal é muito crítica, pois descreve todos e tudo, destacando os pontos negativos. Mesmo sendo uma mulher adulta, submete-se à mãe com muita facilidade, embora saiba tratar-se de uma megera. Pensei ter descoberto o assassino na metade do livro e isso foi se confirmando até o fim. No entanto, o final é surpreendente.

    • Barbara Lima
      15 abr 2021

      É bem o que falei na resenha, um livro mediano, mas ao contrário de você a leitura me prendeu, tanto que li bem rápido.
      Só indico para quem quer conhecer mais da obra da autora, tem livros de suspense muito melhores por aí.
      Obrigada por comentar Macêdo!

  • Jacobo Chicurel
    12 jul 2018

    Excelente resenha, muito completa e agradável! Meu conselho? Cai de cabeça! Vale a pena!!! O livro é bem escrito, todo em primeira pessoa e apresenta todos os acontecimentos e personagens sob a dimensão de Camille. A estrutura narrativa é bem montada, não sobra espaço para confusão e o desfecho é levemente deduzível, contudo até o último momento torcemos para que estejamos errados. Por outro lado a Minissérie (por certo, eu recomendo esta série Sr. Ávila: https://br.hbomax.tv/serie/Sr-Avila-04-Eps-01/501526/TTL712246, também é uma ótima opção) Objetos cortantes estreou no domingo na HBO. Produção é inspirada em livro homônimo de Gillian Flynn. No primeiro episódio, Objetos cortantes vai aos poucos inserindo a história, que envolve tanto o mistério dos assassinatos quanto o mistério envolvendo o passado de Camille, uma mulher receosa da mãe, assombrada pelos fantasmas do passado que envolvem a morte de uma irmã, viciada em bebidas alcoólicas e também em automutilação. Mesmo assim, isso não torna a série lenta. Pelo contrário, ao entregar pouco, a produção faz com que o espectador queira seguir nessa história, que promete muitas reviravoltas. Visualmente, Objetos cortantes também é muito interessante. As cores extremamente fortes das cenas contrastam com a atmosfera de mistério que envolve a história. Outro ponto alto são os debates que a minissérie vai abordar como a relação entre mãe e a filha e, claro, a automutilação, algo que atormenta a vida da protagonista.