21mar • 24 Ficção, Ken Follett, literatura estrangeira, resenha, Resenhas de Livros, romance histórico, Sextante

Resenha 456 Queda de Gigantes

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Senta que o papo por aqui vai ser longo rs.

E aí meu povo, tudo bom com vocês? Se a tua vibe é livros de ficção histórica, continue por aqui porque esse foi feito para você, sem sombra de dúvidas.

Ken Follet nos apresenta em sua trilogia O Século o período de guerras que mudou a humanidade, em Queda de Gigantes vamos ter um recorte histórico no período da Primeira Grande Guerra. O livro é dividido em partes e as principais vão mostrar o pré guerra, a guerra em si e o pós guerra, tudo isso seguindo personagens fictícios, afinal isso é um romance.

Bom, vamos falar um pouco sobre cada período. No começo de tudo vemos um mundo em tensão, os grandes impérios com seus governantes arrogantes e que ainda insistiam em velhos modos de governar. Cada um tinha interesses próprios e vontade de expandir seu território, porém estamos vivendo em um mundo muito mais civilizado e que respeitava minimamente a soberania do outro. Já existia uma guerra aquecendo e que precisava apenas de um estopim, que foi o assassinato do Arquiduque.

Logo em seguida a guerra é deflagrada e os aliados se unem para defender seu território. Vamos ter Alemanha em duas frentes de batalha, contra a Rússia e a França. A princípio a Alemanha se sai muito bem, porém com a força dos aliados aumentando a guerra entra em um impasse até a declaração de paz. Nessa parte vemos várias decisões tomadas por muita gente incompetente e que acabou por levar milhões à morte. A revolução Russa também acontece o que acaba por levar a saída do país da guerra. É o começo da queda dos impérios e uma nova ordem mundial se estabelecendo.

Ao final vamos ter um pouco do pós guerra, como cada país saiu ao fim de tudo e obviamente com a Alemanha sendo obrigada a pagar a conta. Ainda teremos algumas confusões e pequenas batalhas acontecendo fora do cessar fogo principal entre os países, e claro, o desfecho dos personagens.

Como eu disse, isso é um romance, e o Ken vai nos dar uma aula de história romantizada, se mantendo o mais fiel possível aos fatos históricos, mas tudo é contado através da visão de diversos personagens. Temos o núcleo galês, americano, inglês, alemão e russo, e em cada um deles temos um leque de personagens muito interessantes e grande. São famílias que vão ter suas histórias contadas e dentre eles alguns vão se destacar e eu preciso falar sobre eles para vocês.

Billy é o galês que aprendeu muito com o pai, um sindicalista, a defender o direito do seu povo. Ele tem uma ousadia e força de caráter admiráveis. Ele é um confrontador e não aceita tudo tão facilmente, definitivamente um dos meus favoritos. Ele tem uma irmã, Ethel, que começa como uma criada bem iludida e envolvida em um romance proibido, mas que tem um grande desenvolvimento ao longo do livro e o plot dela é um dos mais interessantes no livro.

Entre os ingleses nós temos Lady Maud e Fitz, ambos irmão e aristocratas, mas enquanto Maud é inclinada politicamente a entender e lutar pela causa feminina, Fitz é um direitista e defensor ferrenho da monarquia. Fitz vai te fazer passar muita raiva ao longo do livro rs. Os irmãos tem um amigo alemão, Walter, que é genial e também um dos meus favoritos. Ele auxilia na diplomacia alemã na Inglaterra e sério, é um personagem genial e que nos faz torcer com força para que ele sobreviva a guerra.

Do lado americano nós temos Gus, filho de um senador americano, ele é um personagem que vai passear bastante entre os núcleos. A maior parte da história vai focar na Europa e ter um vislumbre da América democrática é um refresco em toda a monarquia europeia rs. O Gus vai estar no centro do poder americano e através dele vamos ter a visão dos EUA nesse período.

Por fim chegamos aos russos, um dos plots mais interessantes. Sempre achei a história da Rússia muito interessante e esse livro só deixou mais interessante ainda. Vamos acompanhar Grigori e o sonho dele de viver em uma sociedade melhor. Ele é um bolchevique que odeia o Czarismo, se preparem para vê-lo atuando bastante durante a revolução Russa. O Grigori é um sonhador e ele idealiza muito o país em que ele quer viver, e logo ele vai descobrir que nem todo sonho pode se tornar realidade.

Como disse, em algum momento esses personagens vão se encontrar e ao mesmo tempo vão viver suas próprias histórias, o que enriquece muito o livro. Cheio de informações e que nos faz querer conhecer ainda mais a história mundial. Essa foi a minha segunda vez lendo e nossa, como valeu a pena!

Indico demais que todos leiam e mergulhem nessa aula de história romanceada e tão bem escrita que você vai se sentir vivendo tudo junto com os personagens.

Até breve!

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