29abr • 15 Game of Thrones, Garotos entre Livros, Review

#10 Review Game of Thrones S05E02 – The House of Black and White

“Essa foi dos diabos” – R.R., João

 

Tenho semanas complicadas, essa não foi, tive muito tempo livre, só não tive internet disponível para postar tal texto, peço desculpas desde já e peço aos Sete que isso não se repita, bom, tirando isso, deixe-me falar desse episódio.

Sempre tirarei um tempo para falar dessa abertura que me encanta todas as vezes que a vejo, os pequenos detalhes, como o Brasão/Escudo Bolton em Winterfell são tão delicados e feitos com tanta sutileza que me fascinam, porém, Porto Real, que agora é dos Lannisters, em tese, não teve seu Brasão/escudo alterado. Talves porque Tommen seja metade Leão e metade Veado, enfim. Outro detalhe que me chamou atenção foi Braavos com as moedas de Arya rolando para o Banco de Ferro, que apareceu na temporada anterior, quando Stannis foi pegar um empréstimo.

AVISO: Abusarei dos gifs



EM BRAAVOS

ARYA!!!

Essa menina, que saudades dessa menina.

Arya, finalmente, chega a Braavos. Depois de ter pego um barco em Westeros ela chega a Casa do Preto e Branco, que dá o nome ao episódio. O Capitão do barco, no qual ela veio, a deixa na Casa do Preto e Branco, eles se despedem e ela vai de encontro ao seu destino, ou quase. A menina bate nas suntuosas portas e um homem abre, depois dela insistir bastante e, como se fosse uma palavra secreta tipo Abra-te Sésamo, ela recita Valar Morghulis esperando a mesma reação do Capitão do Navio, mas o homem não esboça reação, então ela mostra a moeda e cita Jaqen H’ghar, mas o homem diz não haver ninguém ali com esse nome. Ele fecha a porta (branca ele fecha a porta preta (8) #parei) e deixa a menina nas ruas de Braavos. Arya se senta na porta da Instituição e começa sua oração para a Morte, o único deus que existe. Depois, do que parece, uma noite “orando” ela se levanta, vai até a margem e joga a moeda na água. Braavos é uma espécie de Veneza, então é isso.

 

Depois de ser rejeitada ela vai para a cidade procurar comida, ou mais precisamente, caçar, furtiva, com sua dança da água, a menina mata um pombo, mas alguns ladrões tentam roubar seu alimento, quando eles sacam suas facas o Homem da Casa do Preto e Branco surge e os afugenta, Arya o segue e ele troca de rosto, como um bom Homem Sem-Rosto. Ele passa a usar o rosto de Jaqen H’agar (SIM!!!!!!!!!!!!!!!!!!) e a manda entrar na Casa do Preto e Branco, para aprender a ser Ninguém.

Essa cena é o início de mais uma das transformações de Arya, que já foi Arry, que já foi da Casa Dustin (S02E05 ‘The Ghost Of Harrenhal’) e tantos outros nomes, mas ela quer aprender a ser Ninguém para poder se tornar qualquer um.

Me encontro bem ansioso pelo que ela aprenderá no decorrer da temporada, grande futuro o reservado a ela, espero.

EM ALGUM LUGAR NO ENTRONCAMENTO

Brienne e Pod param numa estalagem qualquer para comerem, Pod se encanta pela atendente, ao persegui-la com os olhos encontra, sentada nos fundos da estalagem, Sansa Stark. Brienne vem encontrando os personagens “soltos” na história e tem tido ótimos momentos nesses encontros, vide o encontro com o Cão.

Pod alerta a Bela da presença de Sansa no recinto; Sansa conversa com Mindinho sobre uma carta que ele recebeu antes de saírem da Casa (?) de Lorde Royce. Mindinho diz que Sansa vem se tornando muito observadora, a garota aceita a cerveja que a crush do Pod oferece para ela e pergunta o porquê dos homens gostarem tanto dessa bebida. Sansa está crescida, já não é tão boba quanto era em Porto Real.

Brienne vai até eles e faz um juramento de servidão para Sansa, citando o juramento que fez a Catelyn, mas Mindinho está na mesma mesa que Sansa e rebate toda a “proposta” de Brienne, fazendo com que Sansa recusasse a proteção de Brienne. Os Guardas de Mindinho tentam segurar a Bela de Tarth, mas ela consegue escapar, com Pod, a cavalo. Nós não esquecemos e também os roteiristas não o fizeram, quão grande é a incapacidade de Podrick para a equitação.

 

No decorrer da batalha com os guardas de Mindinho, Brienne avista Sansa indo em direção ao Leste.

É para lá que a Donzela de Tarth seguirá com seu escudeiro, é para lá que Sansa e Mindinho vão em direção a um casamento, que, creio eu, pelo que vem sido divulgado, não será do Mindinho. Agora, o que Brienne fará? Com quem Sansa se casará? Ramsay Bolton? Não poderia casar com Roose porque ele já é casado com uma gordinha bem simpática, inclusive. O Norte aguarda ansioso por esse desenrolar.

EM PORTO REAL (e redondezas)

Cersei recebe um presente dornês (que eu quero uma réplica, por favor).  Uma clara ameaça para Myrcella (mesmo Oberyn tendo dito que não machucam menininhas em Dorne), que, está em Dorne desde a segunda temporada, prometida ao Príncipe Trystane Martell, filho de Doran. Chegarei em Dorne mais tarde, mas temos muitos personagens sendo resgatados do Limbo nessa temporada.

Jaime, vendo o desespero de Cersei se oferece para ir até Dorne e resgatar Myrcella. Cersei zomba da deficiência dele e diz que ele não conseguirá sozinho e Jaime tem uma das melhores ideias de todas:

Ele vai chamar Bronn.

Bronn está com roupas de Lorde, conversando com sua amada esposa Lollys Stokeworth, que não para de falar do casamento, enquanto ele está bem ocupado jogando pedras na água. Ele avista Jaime, que está num estilo bad boy medieval sentado, e solta um “Sor Jaime Fucking Lannister” que ficará gravado para sempre na minha memória, obrigado, de nada. Jaime diz que o casamento de Bronn com Lollys foi “cancelado” e o chama para o acompanhar na viagem a Dorne.

Bom, Jaime ir para Dorne é algo que vem sendo especulado há tempos e eu não sei ao certo o que pensar disso, ainda, mas espero que consigam introduzir mais elementos culturais de Dorne no decorrer das cenas dos dois.

Cersei continua com sua obsessão com a morte de Tyrion, dois homens trazem uma cabeça de um anão qualquer até a rainha, mas como não é Tyrion ela os manda embora. Ao mandar os homens levarem a cabeça, Qyburn – o cientista, pede para ficar com ela para os seus experimentos. Eu quero muito saber ao certo o que ele está fazendo em seu laboratório.

Depois da decepção com a falsa cabeça ela vai divina e poderosamente para a reunião do Pequeno Conselho. Cersei, no seu posto de Rainha Mãe começa a nomear alguns homens naquela mesa, faz de Mace Tyrell Mestre das Moedas (posto que era de Mindinho) e Dos Navios; faz de Qyburn Mestre dos Sussurros (posto que era de Varys) e de seu tio, Kevan Lannister, Mestre de Guerra, todos os outros parecem bem felizes com seus cargos, menos Kevan, que não reconhece a autoridade de Cersei para fazer aquilo e diz que se retirará para Rochedo Casterly.

Cersei se cerca de bajuladores e incompetentes, sim Mace, falo com você, mas exerce seu poder, poder que vem do seu filho, mas Poder é Poder. Uma vez que ela afasta todos os que têm uma opinião contrária a ela não conseguirá ver que pode estar errando, eu quero muitas coisas nesse núcleo, uma bem específica, mas quero um desenvolvimento muito digno para esse plot da história.

DORNE (SIM, DORNE!!!!)

Depois de uma espera enorme temos os primeiros vislumbres de Dorne, a terra de Oberyn.

 

No Jardim das Águas, Ellaria Sand observa Trystane e Myrcella passeando, a Viúva vai ter com Doran, irmão de Oberyn e pergunta a ele o porquê dele não ter feito nada pela morte de Oberyn, mas Doran diz que não há nada o que fazer porque seu irmão morreu diante de um julgamento por combate, não fora assassinado. Ellaria diz para mandarem Myrcella, pedaço por pedaço para Cersei. O Príncipe diz que isso não será feito, não em Dorne.

 

Ellaria deixa o aposento do Príncipe com uma ameaça. Parece que a vida de Myrcella não será fácil, nem a de Doran.

 

Dorne se provou melhor que a encomenda. O sotaque que o Pedro Pascal imprimiu no personagem sendo mantido pelos novos personagens e por Ellaria, toda a estrutura que, quem viu o documentário especial da HBO, sabe o quão trabalhoso foi. Tudo isso torna ainda mais incrível a presença de Dorne nessa temporada de Game of Thrones.

A CAMINHO DE VOLANTIS (para a Estrada para Meereen)

Tyrion e Varys continuam sua jornada até Daenerys.

Tyrion está com medo de quebrar seu objetivo, de beber até morrer a caminho de Meereen. Tyrion está entediado, que sair da caixa. Eu, particularmente amo figuras de linguagem, seja hipérbole, metáfora, ironia ou até a metonímia, mas é a analogia que me encanta com seus pormenores e suas ideias simplistas para assuntos que nos parecem difíceis. Não preciso falar dos diálogos de Game Of Thrones, sempre foram sensacionais, mesmo quando recitavam as falas dos livros, mas também em suas falas endêmicas e um diálogo entre Tyrion e Varys é sempre bom de se ver em tela.

Os dois conversam sobre o tempo em que Tyrion foi Mão do Rei, como ele foi bem sucedido e como o poder o fez ficar um pouco cego, a sensação de ter poder o tomou, mas nem por isso ele fez um mal governo.

Bom, voltando a caixa, Varys diz que pessoas como eles dois não ficam muito tempo na caixa porque não se satisfazem dentro dela, é apertada, tira sua liberdade, a caixa é uma prisão invisível.

Engraçado pensar em caixa e lembrar de como Tyrion chegou até Pentos e, agora, vai para Volantis, em direção a Meereen, esse trajeto até Daenerys parece que será calmo, mas estamos tratando de Game of Thrones.


EM MEEREN

Daario e Verme Cinzento capturam um Filho da Harpia, numa cena bem interessante que mostra o contraste das duas Guildas, os Imaculados e os Segundos Filhos. E com uma trilha sonora que me fez lembrar a cena do Poço de Lázaros no Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge.

“O Medo é útil assim”
 

No Pequeno Conselho de Meereen,  Mossador tenta convencer Daenerys a executar o Filho da Harpia que foi encontrado, enquanto Hizdahr defende o FdH, junto com Sor Barristan. Ao final Daenerys manda todos saírem e tem um papo com Barrista, o Ousado, que fala para a menina sobre o seu pai: Aerys II, o Rei Louco. Dany não quer acreditar, de início, achando que é uma história inventada por seus inimigos para confundi-la, mas à medida que Barristan conta a história que ele presenciou ela se mostra tensa e pensativa sobre o que fazer com o FdH. Ela, então, diz que haverá um julgamento antes de dar uma sentença.

Mossador, o líder do Sindicato dos ex-Escravos, junta um pessoal para matar o Filho da Harpia (FdH) e, segundo ele, tirar um peso da vida de Daenerys, mal sabia ele que a situação ficaria ainda mais caótica. Mossador, argumenta que esse era um desejo de Daenerys, matar o FdH, mas ela não o podia fazer. Num certo momento a Rainha diz que não existem mais escravos e nem existem Mestres, por definição, mas Mossador pergunta “Então, quem vive nas Pirâmides?”, apesar de tudo isso Dany se vê obrigada a puni-lo com a pena capital.

 

O circo é armado, a execução ocorre com centenas de Mestres e ex-Escravos, os escravos pedem piedade para o sindicalista, mas Dany é irredutível, uma lei para todos, Liberdade e Justiça para todos. Dany não chega a olhar para a execução, nem brandir a espada e nem ver a sentença ser executada, essa é a governante de Meereen. Os escravos começam a sibilar como cobras em protesto ao que acabou de acontecer, eles entram em conflito com os Mestres e Dany sai escoltada pelos Imaculados de volta para a Pirâmide.

É engraçado ver alguns paralelos, todos os personagens que decapitaram alguém se deram bem mal, vide Ned, Theon e Robb, não quero dizer nada, tudo bem, ela não brandiu a espada, só ditou a sentença, mas…

Dany vai para seus aposentos e pede para ser deixada sozinha, ela ouve barulhos vindos do lado de fora e vai ver o que está lá. Ela esperava tudo menos o (lindo do) Drogon. Ele se mostra o mínimo saudoso para com ela, mas quando ela chega perto para tocá-lo ele bate asas e voa para longe.

Não sei, todo esse arco da Dany não me anima tanto, tenho meus problemas com ela, é sabido, e nem sei o que esperar no decorrer da temporada, mais para o final eu tenho minha expectativa como leitor, mas o desenrolar da trama é nebuloso para mim.

NA MURALHA

Na Muralha Shireen ensina Gilly a ler, elas começam a conversar e falam sobre a doença de Shireen, o Escamagris. Como não podia deixar de ser, a conversa fica pesada porque mortes e sangue sempre estão presentes nesse mundo fantástico, mas Selyse aparece, com sua enorme simpatia aguçada e o magnetismo peculiar a ela. Ela manda Shireen se afastar de Gilly, porque essa pode usa-la para ferir o Rei Stannis.

Selyse, por favor, pare de atrapalhar boas cenas, obrigado.

Jon Snow está recebendo um feedback do Rei Stannis, que não ficou muito agradecido pelo bastardo ter posto fim ao seu churrasco de selvagem. Stannis fala sobre o medo como forma de coação para que os selvagens o sigam, mas Jon diz que os selvagens só seguirão um deles. Jon não parece querer dar as respostas que o rei quer ouvir, bom para os dois.

  “A Ilha dos Ursos só reconhece um rei, O Rei do Norte, cujo nome é Stark.”

Lyanna Mormont, envita tal carta a Stannis, que faz com que Jon dê um sorrisinho de canto de boca. Jon traça um paralelo entre o povo livre e os Nortistas, os dois “povos” têm a lealdade firmada entre eles, não adianta outrem de fora tentar governa-los, eles não irão obedecer, é o jeitinho deles.

Davos fala da escolha do novo Lorde Comandante, que Thorne deve ser o próximo comandante e diz que Jon será castigado, sem motivo, Jon reluta e diz que já se doou por inteiro para a Patrulha, que não sobrou nada a dar para o Rei e que é um bastardo, um SNOW. O Rei, com seus olhos que congelam os mais apaixonados corações, olha para Jon e diz que, se ele se ajoelhar e colocar sua espada a serviço do Rei ele se reerguerá como:

JON STARK!!!

Eu estou até agora sem ar, meus colegas. É o que eu mais quero para ele, o que ele mais quer e… Ele não pode aceitar, eu sei e você sabe disso, Jon é um patrulheiro e é necessário na Muralha, além disso, ele não vai ser somente um intendente.

 

Jon já contou tudo pro Sam, que está surpreso dele querer recusar tal oferta, eles estão no Grande Salão de Castelo Negro para a votação para o novo Lorde Comandante da Patrulha da Noite, Sor Janos Slynt indica Aliser Thorne para o posto, citando os motivos. Assim também é feito para Sor Denys Mallister. Sam está inquieto ouvindo aqueles discursos, quando Meistre Aemon vai finalizar as candidaturas o Matador desata a falar.

O discurso de Sam, carregado de afeto e admiração por Jon é um dos monólogos que eu mais gostei de ouvir.

“Ele pode ser jovem, mas ele é o comandante a quem recorremos quando a noite estava mais escura.”

Ao final da votação: empate entre Jon e Thorne. A palavra final, de Meistre Aemon é: Jon Snow como Lorde Comandante. A vitória contagia os patrulheiros e a maioria parece feliz com a vitória do Bastardo, menos o grupo de Thorne.

Conclusão

Ainda não me sinto preparado pelo que virá, a linearidade de Game of Thrones vai nos levando até que não consigamos parar. Tento buscar as mudanças entre os livros e a série, mas não acho tão interessante ficar apontando isso todo episódio, uma mudança ou outra acho mais relevante apontar, mas é raro, os livros são os livros e a série é a série.

Mais um episódio de altíssimo nível, como já esperado, apesar de não ter nem 10 minutos de duração, porque: Não é possível, mal pisco e o episódio já acabou. 


Para o próximo episódio eu espero que Sansa chegue a algum lugar e que descubramos mais sobre a Casa do Preto e Branco, quero também, saber quais serão os primeiros passos de Jon como Comandante e de Tommen como homem casado, enfim, muitas coisas nos aguardam, até daqui a pouco porque vão ter dois textos coladinhos essa semana, espero eu, vou ficar em dia, até que enfim. Até a próxima então.

– O Snow que Sabia de Algo

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