05nov • 14 John Green, resenha

Resenha #63 Quem é você, Alasca?

Título: Quem é você, Alasca?
Autor: John Green
Editora: WMF Martins Fontes
Páginas: 229
Classificação: 4 estrelas

Sinopse: Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras que, cansado de sua vidinha pacata e sem graça em casa, vai estudar num colégio interno à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o “Grande Talvez”. Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young, uma garota inteligente, espirituosa, problemática e extremamente sensual, que o levará para o seu labirinto e o catapultará em direção ao “Grande Talvez”.
 

 

“Às vezes, não entendo você, eu disse. 
Ela nem mesmo olhou pra mim. Apenas sorriu para a tevê e disse: 
Você nunca me entende. Essa é a graça.”
Eu esperava muito mais deste livro, e isso me deixa muito triste. Dois amigos me indicaram, dizendo que era sensacional e, por ser do Green, achei que seria incrível mesmo, mas infelizmente não consigo dizer que é um dos meus favoritos.
O livro é bom, e claro, o Green é um dos melhores escritores da atualidade para mim. Nem preciso dizer muito, só quero confessar que amo o modo como ele escreve e que, quando menos se espera, te arranca aquela gargalhada, ou até mesmo faz com que brotem lágrimas em seus olhos.

Green nos conta a história de Miles “Gordo” Halter que, por estar farto de sua vida sem graça, parte em busca de um “Grande Talvez”, que mudaria sua vida para sempre. E é realmente isso que acontece quando ele chega em Culver Creek, o internato onde passaria a estudar. Lá ele conhece Coronel e Alasca, por quem ele não consegui impedir-se de se apaixonar. E junto com estes dois, ele vive aventuras e situações que nunca imaginou enfrentar.
O livro é dividido em duas partes: o ANTES e o DEPOIS de um acontecimento que marca profundamente a vida de Gordo. Após os melhores dias de sua vida, Gordo enfrenta uma situação que o faz querer conhecer os mistérios mais profundos de quem é Alasca Young.
Veja bem, Alasca Young é um furacão, como o próprio Miles diz no livro. Essa menina consegue deixar a pessoa mais sã do planeta maluca! Confesso que não fui muito com a cara dela; simplesmente não consegui sentir uma conexão com ela e isso complicou muito sentir certa emoção, mas também não a odiei, então não me matem rs. Até agora fico me perguntando quem seria a verdadeira Alasca e tento entender os por quês, que deixaram os personagens completamente malucos.
Agora, devo dizer que o Coronel é um dos meus personagens favoritos. Esse baixinho é simplesmente genial, e o fato de ele ser muito mandão me conquistou profundamente. Ele não é um mandão chato. Ele manda, não espera por ninguém, e sabe que pode! E isso é simplesmente sensacional neste personagem, o que você só irá entender quando conhecê-lo.
Já Miles, bem, Miles é simplesmente demais! Ele garantiu as 4 estrelinhas deste livro, junto com o gênio que é seu autor.
Resumindo, leia este livro se você é fã do Green e se você não é, dê uma chance ;). Leia este livro, porque, como disse Guilherme Cepeda, do Burn Book, em sua resenha: “o livro é uma reflexão”. Sim, concordo plenamente com ele!
John Green nos leva a refletir sobre o “labirinto” que é a nossa existência, levantando questões como céu, inferno, o que há depois e, devo confessar que, o que inspirou muito essa resenha é o último capítulo do livro, onde Miles reflete sobre tudo que aconteceu desde sua chegada à Culver Creek.
Enfim, espero que vocês leiam esse livro. Vale muito a pena, apesar de não ter entrado para a lista de favoritos.

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