29jul • 16 ficção científica, resenha

Resenha #161 Guerra do Velho

Título: Guerra do Velho
Autor: John Scalzi
Editora: Aleph
Ano: 2016
Páginas: 368
Classificação: 3,5 estrelas

Sinopse: A humanidade finalmente chegou à era das viagens interestelares. A má notícia é que há poucos planetas habitáveis disponíveis – e muitos alienígenas lutando por eles. Para proteger a Terra e também conquistar novos territórios, a raça humana conta com tecnologias inovadoras e com a habilidade e a disposição das FCD – Forças Coloniais de Defesa. Mas, para se alistar, é necessário ter mais de 75 anos. John Perry vai aceitar esse desafio, e ele tem apenas uma vaga ideia do que pode esperar. “Guerra do Velho” é frequentemente comparado a um dos maiores clássicos da ficção científica: Tropas Estrelares, de Robert Heinlein. O próprio Scalzi já confirmou que Heinlein é uma das suas maiores influências e que a obra foi escrita seguindo os princípios que ele acredita serem próprios da escrita do autor que tanto admira. Scalzi é um dos principais nomes da ficção científica contemporânea. Ganhador dos prêmios Hugo e Locus, o autor conquistou público, crítica e mercado. Em fevereiro de 2015, fechou um contrato com a editora Tor Books de cerca de $3,4 milhões, para publicar 13 livros nos próximos 10 anos. O canal SyFy está produzindo uma série de TV – chamada Ghost Brigades – como adaptação do livro, e a Paramount já comprou os direitos para levar a história para as telas do cinema.

 

Oi gente! Hoje vim pra falar sobre um livro que rendeu altas gargalhadas na madrugada. Tenho acompanhado a pagina da editora Aleph e vi quando começaram a anunciar Guerra do Velho, mas só fui me interessar depois de ver o vídeo no canal da editora em que o Adriano Fromer e a Bárbara Prince contam um pouquinho do livro, eles conseguiram me deixar curiosa e ansiosa por essa leitura. Depois desse vídeo fui direto no skoob adicionei na minha lista de desejados e assim que adquiri o livro comecei a ler imediatamente. Vou contar pra vocês o que achei.

John Perry acaba de completar 75 anos. Isso para alguns seria só mais um ano sem grandes expectativas, tendo que lidar com os problemas da idade e talvez até com a solidão. Mas nessa história completar 75 anos significa ter a chance de dar um grande passo.

” Preste atenção: quando se tem 25, 35, 45 ou até mesmo 55, ainda é possível sentir-se bem com as chances de enfrentar o mundo. Quando se tem 65 e o corpo está diante da ruína física iminente, esses ”regimes e precedimentos médicos, cirúrgicos ou terapêuticos” começam a parecer interessantes. Então chegamos aos 75, os amigos morrem, e já trocamos ao menos um órgão principal, precisamos mijar quatro vezes durante a noite e não conseguimos subir um lance de escadas sem ficar um pouco zonzos – e dizem que estamos em muito boa forma para a idade.”

 O mundo mudou muito e teve grandes avanços tecnológicos, muitos humanos vivem agora em diferentes colonias espalhadas pelo universo. E quem protege essas colonias? É aí que entra John Perry. Essa é a idade em que as pessoas podem se alistar nas Forças Coloniais de Defesa, e o trabalho dessas forças é defender as colonias e encontrar novos planetas para coloniza-los. John e sua esposa eram voluntários mas ela faleceu antes, então após fazer uma última visita ao túmulo dela ele parte para o desconhecido. Desconhecido porque ninguém sabe muito sobre as FCD, eles recrutam apenas no planeta Terra e quando isso acontece o recém alistado tem que dar adeus ao seu planeta para nunca mais voltar, a pessoa é dada como morta. Por isso é bom deixar a vida em ordem antes de partir, distribuir os pertences e se despedir da família.

John vai para Nairobi onde embarca no que chamam de Pé-de-feijão, esse é o meio de transporte para deixar a Terra, acho que pelo nome já da pra ter uma ideia de como funciona né. Achei bem interessante e “original” falo isso porque não li outros livros de ficção cientifica. Quem já leu pode ter visto isso em algum outro lugar. Depois de chegar a Estação Colonial e embarcar na Henry Hudson, Perry que já tinha feito amizades no Pé de feijão onde conheceu mais alguns senhores e senhoras e formaram um grupo que chamaram de Velharias. 

 

” Todos os Velharias sabiam que nosso grupo era, no melhor dos casos, temporário. Éramos simplesmente sete pessoas unidas aleatoriamente, em uma situação que não tinha esperança de permanência. Viramos um bando e uma família, inclusive nas pequenas espetadas e brigas. Demos uns aos outros alguém para cuidar, algo de que precisávamos em um universo que não sabia ou não se importava que existíssemos.”

A interação desse grupo foi uma das coisas que mais gostei no livro, uma pena que durou pouco tempo pois tiveram que se separar. Em algumas ocasiões eu os imaginava como o grupo de velhinhos do filme Cocoon.

 

Perry passa por uma bateria de exames e os resultados o deixa preocupado, mas o médico diz que não precisa pensar nisso, aí o leitor já tem uma ideia do que está por vir. No dia seguinte é que a coisa acontece rs um dos grandes segredos das FCD é revelado e eu não vou contar pra vocês. A forma como as coisas são feitas é bem interessante e apesar de ter uma ideia a respeito disso a execução foi bem diferente do que eu esperava. Uma outra parte bem divertida do livro é a interação de Perry com seu BrainPal, um super computador inteligente que fica na sua cabeça, lembra um pouco a interação do Homem de Ferro com o Jarvis.

 

As primeiras consequências desse experimento não demora muito a acontecer e são hilarias kkk pena que mais uma vez não dura muito, eles logo partem para o treinamento e depois de 12 semanas encaram a primeira batalha.
Essa é a parte que eu estava ansiosa, o confronto com os alienígenas kkk e olha tem uns bem esquisitos. Tem uma espécie de fungo bem perigoso, outros são tão nojentos que não parecem ser uma espécie que convive bem com humanos e outra que além de ter uma tecnologia invejável tem uma religião interessante.
Há também um outro grupo de soldados das FCD chamado de Forças Especiais, que é envolvida por uma aura de mistério, adorei não só a ideia como a forma que foi revelada.

Na minha opinião é um livro bem superficial, queria conhecer um pouco mais das Velharias. Eu simpatizei bem com os personagens mas não senti aquele carinho especial por nenhum, nem mesmo Perry. 
Minha nota não foi muito alta porque achei que foi um livro muito rápido, eu gostaria de ter conhecido mais raças alienígenas, aprofundar um pouco na cultura delas e mais interação com outros membros das FCD  além da troca de tiros rs. Foram 368 páginas e eu senti que estava lendo um conto. Ele pode ser lido como um livro único e me deixou ansiosa pelos demais livros que se passam no mesmo mundo. Pode não apresentar muita originalidade e como diz a sinopse, foi comparado com Tropas Estrelares, como não li não posso dizer se foi uma comparação justa mas serve aí como mais uma dica de leitura.

Esse é o primeiro livro da editora Aleph que eu leio e tenho que dar os parabéns para os responsáveis pela edição. A capa ficou linda! Gosto quando termino um livro e reconheço na capa detalhes do que há na história. Por dentro também está caprichado, o papel escolhido, tipografia nota 10 e com um cheirinho…

 

Dividido em três partes e narrado em primeira pessoa por um personagem bem humorado, Guerra do Velho é uma leitura fluida e divertida que você consegue terminar em um dia sem se dar conta. Pra quem curte ficção cientifica é leitura obrigatória e pra quem não curte ou quer se iniciar no gênero é um bom começo. 

 
PS: O texto em verde é pra ilustrar um fato curioso. Depois comentem aí o que acharam da leitura.
Até!!!
          
 

                                                                                                           

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