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Resenha #429 Margaret Hale – Norte e Sul

Título: Margaret Hale – Norte e Sul
Autor: Elizabeth Gaskell
Editora: Pedrazul
Páginas: 428
Ano: 2015
Gênero: Romance/ Literatura Inglesa/ Literatura Estrangeira/ Clássico
Classificação: 3,5 estrelas

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Sinopse: “Vamos, pobre e pequeno coração! Seja alegre e corajoso. Seremos muita coisa um para o outro, se formos jogados fora e deixados desolados!”

Margaret Hale é arrancada de seu idílico e pastoril Sul e levada para o industrializado Norte, para a poluída cidade de Milton. Infeliz, sentindo-se perdida, logo desenvolve um senso apaixonado de justiça social, intensificado pelo seu tempestuoso relacionamento com Mr. Thornton, cuja oposição feroz oculta uma atração mais profunda.
Elogiado por Charles Dickens como uma “história admirável, cheia de personalidade e poder”, o romance entre uma heroína arrogante, porém, sensível, e um industrial inteligente e dinâmico aborda questões políticas, filosóficas e econômicas. Uma descrição inabalável das condições sombrias dos trabalhadores da Era Vitoriana.
O confronto entre Margaret Hale e John Thornton é considerado uma reminiscência das desavenças entre Elizabeth Bennet e Mr. Darcy, personagens de Orgulho e Preconceito, de Jane Austen.

Hey galera, vamos para um clássico da literatura? 

Margaret Hale ou Norte e Sul como ficou conhecido, é um clássico da literatura que vai nos apresentar a história de Margaret, uma jovem que depois de ter passado vários anos vivendo com a família da tia em Londres, e sendo dama de companhia de sua prima, volta para a casa dos pais após o casamento dessa prima. 

Margaret tinha boas lembranças de sua casa de infância, que ficava em Hellstone, uma cidade pequena ao Sul da Inglaterra. Lá a vida era bem pacata e com seu pai sendo o vigário local, ela tinha uma boa relação com os moradores da cidade. Tudo muda quando seu pai toma uma decisão que transforma completamente a vida da família. Eles mudam de cidade e saem de Hellstone para a cidade de Milton, uma cidade industrial ao norte da Inglaterra. 

Em Milton, Margaret vai conhecer outras pessoas e descobrir um estilo de vida bem diferente do seu, diferente até daquele que ela conhecia ao viver em Londres. Ali as pessoas eram focadas em trabalhar nas indústrias, encaravam outros tipos de problemas e nesse momento vamos conhecer personagens que vão nos mostrar o paralelo de vida em Milton, destaco os principais que são Mr. Thornton e Mr. Higgins. 

Thornton vai entrar na vida de Margaret porque ele se torna um dos aprendizes de seu pai, que ao se mudar para Milton, começa a ensinar jovens que tinham o interesse de crescer intelectualmente. Ele era um dos grandes industriais de Milton, que empregava muitas pessoas e tinha um bom feeling para negócios, porém não era o mais “sensível” dos homens rs. Com ele a nossa Margaret vai ter vários entraves e entender mais sobre a visão dos patrões, e sim vamos ter um hate to lovers aqui rs. 

Mr. Higgins já é o outro lado dessa moeda, um homem simples e trabalhador, vai fazer parte da vida de Margaret por conta de sua filha Bessy, que se torna boa amiga de Margaret. Bessy era uma jovem muito adoentada e provavelmente sua doença se agravou por conta da poluição da cidade. Logo que conhece Margaret, elas desenvolvem uma forte amizade e assim a nossa mocinha vai entender sobre a vida de quem está na classe mais baixa e sobre suas necessidades e lutas. 

Ao longo de todo o livro vamos encontrar esses paralelos entre estilos de vida, locais e muito mais. O livro tem o começo um tanto lento, não nego que senti sono algumas vezes durante a leitura, mas depois da metade ele ganhou novo fôlego, conforme as reviravoltas aconteciam, o que deixou a leitura bem mais interessante. 

Mr. Thornton é o meu personagem favorito e eu sofri por ele em alguns momentos. A Margaret é bem chatinha, não é aquela personagem que nos cativa de cara, mas ao longo do livro ela vai melhorando, ainda mais após conhecer as pessoas de Milton, que fazem com que ela seja menos altiva. 

No geral é um bom livro e eu indico a leitura para você que gosta dos clássicos, mas preciso fazer algumas observações quanto a edição. A primeira é sobre o nome, ele é popularmente conhecido por Norte e Sul, mas a editora preferiu alterar para o nome que a autora tinha preferência – Margaret Hale. O livro foi originalmente editado por Dickens, e foi decisão/indicação dele alterar o título, após a leitura eu digo que concordo com Dickens, Norte e Sul faz muito mais sentido. 

Outro problema que encontrei foi que o livro está cheio de erros, encontrei vários ao longo da leitura e isso é um problema de revisão. A minha edição é de 2015, quando a editora estava ainda no começo, eu creio que já mudou muita coisa desde então e eu espero que a revisão também tenha melhorado. Mas deixo avisado para vocês que ainda lerão o livro. 

Um ponto positivo foram as notas de rodapé, tem várias curiosidades interessantes e referências que enriqueceram a leitura. Pelo conjunto da obra, o livro ganhou 3,5 estrelas, ainda quero ler mais da autora e decidir se gosto da escrita dela ou não. Amei o final e a forma como ficou aberto a várias possibilidades, achei muito bom. 

Leiam se sentirem curiosidade, fica a dica.

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