03mar • 16 resenha, Romance

Resenha #139 A Protegida (The Travis Family #1)

Título: A Protegida _ Série The Travis Family #1
Autor: Lisa Kleypas
Editora: Gutenberg
Ano: 2015
Páginas: 288 
Classificação: 3,5 estrelas
Sinopse: Uma escolha pode conduzi-la à felicidade… Ou partir irremediavelmente seu coração.
Liberty Jones é uma garota determinada, mas em sua vida pobre e difícil não há espaço para que ela consiga vislumbrar seus sonhos sendo realizados. Seu único consolo é a amizade e o amor que nutre por Hardy Cates, um jovem que possui ambições grandiosas demais para ficarem enterradas na pequena cidade de Welcome. Apesar da atração irresistível que pulsa entre os dois, tudo o que Hardy não precisa é de alguém para atrapalhar seus planos de sucesso, e ele a abandona no momento mais difícil de sua vida: quando a mãe de Liberty morre tragicamente em um acidente; deixando um bebê para ela criar. Mas a vida traz grandes surpresas e Liberty se vê sob a tutela de um magnata bilionário, que irá oferecer muito mais do que proteção à irmã e a ela, mas também revelará uma forte ligação com o passado obscuro da família de Liberty. O que Liberty não espera é ter de lidar com Gage Travis, o filho mais velho do magnata; o rapaz não aprova a presença dela em sua casa e fará de tudo para afastá-la de sua família… Gage apenas esquece de também mantê-la longe de seu coração.

 

 
“Às vezes a vida tem um senso de humor cruel, entregando- lhe aquilo que você sempre quis no pior momento possível…”

Quando eu soube desse lançamento da Lisa Kleypas, foi uma surpresa saber que estava vindo pela Editora Gutemberg e depois de ler a sinopse fiquei mais interessada por ser um romance contemporâneo. Lisa já tinha me conquistado completamente em seus romances de época com a família Hathaway. Agora a autora me apresentou algo diferente e percebi que não importa em que tempo o livro é ambientado, Lisa consegue me prender em suas histórias.

Nesse primeiro volume vamos conhecer Liberty Jones. Ela perdeu o pai, de origem mexicana, muito nova e vive com a mãe, as duas acabaram de se mudar para um estacionamento de trailers na cidade de Welcome, no leste do Texas e levam uma vida difícil. Sua mãe, uma mulher muito bonita, está sempre trocando de namorado, vez ou outra quando passam por um grande aperto, ela some por alguns dias e quando retorna consegue pagar as contas e colocar comida na mesa.

O passado dela é um mistério e logo depois de terminar com o ultimo namorado se descobre gravida. Liberty fica muito feliz com a noticia de uma irmãzinha e logo que a criança nasce ela cria um laço quase materno com a criança e praticamente assume os cuidados da pequena Carrignton.

“Welcome foi o lugar em que eu perdi e ganhei tudo. Welcome foi o local em que minha vida foi levada de um rumo para o outro, e me enviou para lugares aonde nunca pensei ir.”

Liberty é uma menina tímida mas não demora a fazer amizades e entre elas está Hardy Cates, um rapaz um pouco mais velho e pelo qual ela fica completamente atraída. Hardy trata Liberty com todo carinho e cuidado e não tem planos de se deixar envolver. Ele é um rapaz ambicioso e planeja sair de Welcome logo que tiver uma chance. Ficar com Liberty significa permanecer em Welcome e ficar estagnado ao tipo de vida que todos levam ali.

 

”Eu nunca tinha sentido tão forte a atração de outro ser humano, que, misturada à cordialidade e a à curiosidade, formava uma interrogação no ar. Algumas vezes, durante a vida, acontece assim. Você conhece um estranho e só o que importa é que precisa saber tudo sobre ele.”

Depois de perder a mãe em um acidente Liberty se vê sozinha criando uma criança e é quando ela se mostra uma menina determinada a dar o melhor possível pra sua irmã. Ela se muda para Houston e depois de fazer um curso, consegue trabalhar em um bem frequentado salão. É lá que ela conhece Churchill Travis, um senhor muito rico que tem um curioso interesse por ela. Os dois iniciam um boa amizade e ele lhe oferece um emprego irrecusável, sabendo que com isso sua irmã estará bem assistida ela aceita e se muda para a mansão de Churchill. Liberty é apresentada aos filhos de Churchill, e é aí que Gage Travis entra em sua vida.

 
 
“Havia duas coisas que as pessoas compreendiam logo a respeito de Gage Travis. Primeiro, ele não era do tipo que ria à toa. E segundo, apesar de sua educação privilegiada, era um filho da mãe duro de roer. Um pitbull com pedigree criado em canil.”

Quem diria que eu ia gostar muito de um Travis…

Gage fica um pouco desconfiado da presença de Liberty na casa de seu pai e a irritação entre os dois não demora a se transformar em atração. Gage vê que Liberty não é nenhuma interesseira e tem qualidades que admira, e Liberty vê em Gage um filho prestativo, um homem honesto e trabalhador. E quando finalmente os dois parecem se entender, estão tendo uma relação perfeita, ela se vê envolvida com todos e é parte da família…, quem aparece? Hardy, esse mesmo.


Podemos dizer que esse livro é dividido em duas partes. A história nos mostra o desenvolvimento de Liberty de uma menina tímida de 14 anos para uma moça bonita, simples e determinada de 24 anos. Lá pela pagina 175 os acontecimentos vão ficando mais interessantes e é então que me dou conta que já estou quase no final do livro. Quando eu comecei a leitura eu não esperava que fosse demorar tanto para a família Travis aparecer e que no inicio iriamos acompanhar a Liberty menina para só depois de adulta ela finalmente conhece-los. Como nesse livro a Lisa abordou uma história bem diferente dos seus outros romances, ela precisava de mais paginas pra desenvolver isso tudo de forma satisfatória.

Não sei como serão os próximos livros, se ainda iremos acompanhar a Liberty ou se os próximos vão ser focados em diferentes membros da família com ela e Carrington fazendo pequenas aparições. Só sei que preciso de um pouco mais de Liberty e Gage.

Vamos falar um pouquinho da edição. No inicio a capa não me chamou muito a atenção e logo de cara se vê que é um romance bem diferente dos demais da Lisa. A medida que a gente vai lendo e deixando a imaginação criar o ambiente descrito, ao me voltar pra capa vejo que é exatamente assim que me senti imersa. Esse céu sem nuvens e o sol forte do Texas, os campos do interior e as roupas simples que imaginei na mãe da Liberty, só posso dizer que adorei a capa. Encontrei alguns erros mas nada que atrapalhe a leitura. Quanto ao título, eu achei uma boa escolha, ultimamente algumas editoras tem cometido umas atrocidades na escolha dos títulos mas a Gutenberg foi muito feliz ao não usar uma tradução ao pé da letra para Sugar Daddy que é na minha opinião chega a ser um pouco vulgar e não combina com a real situação da personagem.

A Protegida é uma leitura gostosa, daquelas de uma sentada só. Com um romance pé no chão e uma mocinha sem mimimi, é perfeita para se ler um dia bem quente de verão acompanhada de uma limonada gelada.

 

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