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Resenha #208 Estrela da Manhã (Red Rising #3)

Título: Estrela da manhã
Série: Red Rising
Ordem: 3
Autor: Pierce Brown
Editora: Globo Alt
Gênero: Sci-Fi/Distopia/Fantasia/Ficção Científica
Páginas: 632
Ano: 2016
Classificação: 5 estrelas

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Sinopse: Darrow teria vivido em paz , mas seus inimigos trouxe-lhe guerra. Os senhores de ouro exigiram sua obediência, enforcaram sua esposa, e escravizou seu povo. Mas Darrow está determinado a revidar. Arriscando tudo para transformar a si mesmo e violar a sociedade dos Ouros, Darrow tem lutado para sobreviver as rivalidades acirradas ás quais reproduzem os mais poderosos guerreiros da Sociedade, ascendeu as fileiras, e esperou pacientemente para desencadear a revolução que vai rasgar a hierarquia por dentro.

Finalmente, chegou a hora .

Mas a devoção à honra e a sede de vingança são profundas em ambos os lados . Darrow e seus companheiros de armas enfrentam inimigos poderosos sem escrúpulos ou piedade . Entre eles estão alguns que Darrow uma vez considerou amigos. Para vencer, Darrow terá de inspirar aqueles acorrentados na escuridão para quebrar suas correntes , desfazer o mundo que seus mestres cruéis construíram, e reivindicar um destino há muito tempo negado – e glorioso demais para abandonar.

“Se seu coração está acelerado e sua calça molhada, é por ter o Ceifeiro chegado, pra receber sua dívida não paga.”

Uma aula de como encerrar uma trilogia com chave de ouro, isso é o que Pierce Brown fez em Estrela da Manhã. O livro já começa de forma tensa, nove meses após o final de Filho Dourado, tudo já tinha sido jogado no ventilador, Darrow preso, traições a torto e a esquerdo e mortes para deixar George Martin orgulhoso…

Filho Dourado nos deixou desamparados. Não tenho outra palavra para definir, e tenho certeza de que iria sofrer igual uma louca se tivesse que esperar o lançamento de Estrela da Manhã. Fãs que tiveram que esperar, vocês tem todo o meu respeito.

O livro começa com Darrow preso em algum lugar que não conseguimos identificar. Após meses de tortura física e psicológica, nosso herói já está pronto para desistir de tudo, mas é claro que uma reviravolta estava planejada e um resgate se desenrolava. Sem detalhes aqui para evitar spoilers rs.

Após o resgate, Darrow se depara com o mundo após meses de prisão. Nada é como antes, Sevro assumiu os Filhos de Ares e elevou tudo a proporções grandiosas, a verdade sobre as origem de Darrow gerou uma revolução tal que ninguém estava preparado para encarar ou até mesmo controlar.

“Isso aqui não tem nada a ver com amor. Isso aqui tem a ver com o que é certo. Isso aqui não tem nada a ver com emoção. Isso tem a ver com justiça, que se sustenta em fatos.”

Darrow volta no meio de um caos, o Ceifeiro que era a esperança de todos já não é o mesmo e enfrenta o pior dos temores dos heróis: a falta de confiança em si próprio. Ao longo das páginas vamos vendo essa confiança ser retomada. Após vários eventos desastrosos, o líder em Darrow renasce pronto para a batalha e disposto a construir um mundo mais justo em meio a todo o caos que os planetas estão.

“E é somente agora, somente com essa aterrorizante clareza, que eu percebo que existe apenas um fio em comum que me liga a eles. Não é uma ideia. Não é o sonho de minha mulher. Não é a confiança ou as alianças ou as Cores.
Sou eu.
(…) Morte gera morte que gera morte.
Tenho que parar isso.”

Mas essa não é a mais fácil das tarefas e para dar certo são necessários vários aliados, é então que vemos muitas alianças se construindo e essa é a batalha final de Darrow. Amizades antigas se reajustam, novos inimigos são enfrentados, um novo painel do universo fascinante de Pierce Brown é aberto e é impossível não amar esse livro.

O que mais gosto enquanto leio a jornada de um herói em uma série é seu crescimento, Brown conseguiu trabalhar bem em Darrow, um personagem que vai se desenvolvendo e mostra as suas fraquezas a ponto de sabermos que ele não é indestrutível. O mesmo acontece com todos que o cercam, os personagens secundários são tão fascinantes quanto. Sevro com toda a sua loucura infinita, Mustang sempre misteriosa, mas com ideais claros (amo <3), e que te deixa com a sensação de estar guardando um segredo (sim, ela está! Haha <3). Victra com sua lealdade feroz, Ragnar que se tornou um escudo para o Darrow… e até aqueles que mudaram de lado nos primeiros livros tem algo a nos ensinar.

Os diálogos são maravilhosos, em alguns momentos meu coração ficou na mão de desespero com o quão louco esses caras eram. As batalhas no espaço… já contei pra vocês que gostaria de ser astronauta? Haha Então tudo relacionado ao espaço sempre me fascinou, eu simplesmente pirava em diversos momentos e as GeLs me aturaram no whatsapp com vários áudios de muitos minutos haha (sorry).

“Nós não estamos lutando pelos mortos. Estamos lutando pelos vivos e por aqueles que ainda não nasceram. Por uma chance de ter filhos. É isso o que precisa sair daí, se não qual seria o objetivo do que estamos fazendo?”

Ao final a sensação que eu tive foi de que não leria algo tão bom por um tempo rsrs. Eu me apeguei a essa série que se tivesse mais 600 páginas eu leria feliz rs.

Sobre a edição eu não tenho muito do que reclamar, eu gosto do trabalho da Globo Alt, mas o mesmo problema com a letra prateada da capa se repete, com o tempo e manuseio vai sair e ficar nada bonito. Um ponto positivo é que nessa edição eles fizeram um breve resumo dos dois primeiros livros e ainda tem uma lista de personagens importantes para relembrarmos o papel de cada um no enredo.

 

Bom, para encerrar deixo aqui a minha indicação para que você leia essa trilogia. Dê uma chance, e conheça Darrow em sua jornada para quebrar as correntes junto com seus amigos. É um trilogia sensacional e que vale cada minuto que você passar lendo.

Ps.: Pierce Brown está escrevendo uma continuação no mundo de Red Rising, o próximo livro será lançado agora em 2018 e se chama Iron Gold e acontecerá 10 anos após o eventos de Estrela da Manhã. Sim já estou surtando e desejando o meu o mais rápido possível! #ajudaGloboAlt

“Para me machucar, ele assassinou aqueles que amo.
Mas há esperança naqueles que ainda vivem. Em Sevro. Em Ragnar e Dancer. Penso em todo o meu povo amarrado na escuridão. Em todas as Cores que existem em todos os mundos, agrilhoadas e acorrentadas para que os Ouros possam exercer o poder, e sinto a raiva queimar em meio ao buraco que ele entalhou na minha alma. Não estou sozinho. Não sou a vítima dele.
Portanto, deixe que ele faça o pior. Eu sou o Ceifeiro.
Eu sei como sofrer.
Eu conheço a escuridão.
Não é assim que isso acaba.”

Beijos e até breve!

Não deixe de ler as resenhas dos primeiros livros da série.

Fúria Vermelha e Filho Dourado

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