14maio • 16 Game of Thrones, Review

#13 Review Game Of Thrones S06E03 – Oathbreaker

Semanas com Game of Thrones passam rápidas demais, é cada teoria louca que surge, muitas suposições, frustrações e desejos; alguns fogem da internet para não verem spoilers, outros se jogam de cabeça nos Spoilers; alguns comentam o episódio ao vivo, outros só depois que acaba. Game of Thrones está quebrando a internet toda semana, não tá fácil.

 

Claramente, esse foi um dos mais aguardados de toda a série, depois do final do segundo episódio e as inúmeras promessas de um Jon Snow diferente, mudado pela experiência de morrer e voltar a vida, o trailer que trazia a Torre da Alegria, tão comentada nos livros, o hype estava bem alto e, para mim, não foi decepcionante.

Não tudo, pelo menos.

NORTE (E ONDE QUER QUE SAM E GILLY ESTEJAM)

A famigerada bunda do Kit volta a aparecer, depois de três anos sumida lá está ela. Era esse o comentário que eu tinha pra fazer, próxima cena :P.

O episódio começa de onde o segundo terminou, Jon Snow acorda e não entende o porquê de estar acordado, ele vê seus ferimentos e lembra de tudo que aconteceu: seus irmãos de Patrulha apunhalando-o, mas o que fica mais marcado para ele, claramente é Olly, que o golpeou no coração. Jon diz que não há nada depois, não há uma vida após a morte, a morte é o fim da linha, da personalidade.

Davos e Jon estão se tornando uma bela dupla, o Cavaleiro das Cebolas é sábio em sua simplicidade, um homem corajoso e honrado, o diálogo dos dois é intenso e Jon diz que tentou fazer o que é certo e falhou, mas Davos diz para ele falhar novamente. Afinal, como Melissandre enunciou: O Senhor da Luz o deixou voltar por uma razão. Mesmo que não saibamos ao certo, tudo indica que o Senhor da Luz dela que trouxe Jon de volta ao mundo dos vivos. Salve R’hllor!

Encontro de Jon com Edd Doloroso também foi muito tocante, depois das mortes de Pyp e Green na Defesa da Muralha, Edd e Sam eram os únicos amigos verdadeiros do Snow e o vínculo deles mostrado em tela é muito forte.

Ah, tem uma coisa que eu li, todos queriam fazer essa comparação de Jon com Jesus, principalmente depois da fala do Thormund, comparando-o a um deus. Mas não, Jon não ressuscitou no terceiro dia, no máximo na madrugada do segundo dia. Foi tudo muito rápido, aliás essa é uma característica dessa temporada, as coisas estão acontecendo bem rapidamente em alguns núcleos, o que chega a ser diferente das outras temporadas que vinham com suas tramas por toda a temporada culminando em episódios finais incríveis, pode ser a insegurança dos personagens e/ou da história, mas a série teve um crescimento enorme da Quinta para a Sexta temporada e isso é inegável.

Sam, Gilly e o pequeno Sam (que finalmente cresceu um pouco).
Sam é querido demais e Gilly também, é preocupante o jeito com que o Patrulheiro fala de seu pai, um tom de medo, sabemos das histórias e dos abusos psicológicos que Sam sofria em Monte Chifre, voltar lá não deve ser o sonho dele, mas Gilly tem que ficar em segurança em algum lugar e o mais perto da Cidadela é Monte Chifre. Inclusive, Cidadela, que ansiedade eu estou para ver essa cidade mística de Westeros, o treinamento de Sam para Meistre começará e teremos mais um aditivo ao mundo criado por GRRM, o que pode vir a calhar no futuro da saga.

TORRE DA ALEGRIA!!! SIM. TEVE. Mas não teve.

 

Mais uma visão de Bran com Ned como protagonista, o saudoso patriarca da alcateia Stark continua arrebatando nossa atenção, principalmente com essas revelações do antes da série. Sabemos que todos os conflitos que vemos e a maior parte das relações também é oriunda da Revolta de Robert Baratheon.

Rápida explicação: Lyanna Stark, prometida para Robert, é raptada por Rhaegar Targaryen, que a prende numa Torre (da Alegria). A guerra dura quase ou mais que um ano e, na Batalha do Tridente, citada na série por diversas vezes, Robert, na primeira temporada fala sobre como matou Rhaegar no Tridente. Robert parte para Porto Real para ser empossado como Rei dos Sete Reinos e Ned vai para a tal Torre da Alegria resgatar Lyanna que: grita desesperada da Torre. Vou evitar spoilers dos livros ou teorias, apesar de ter certeza que vocês já procuraram de tudo nessa internet.

Então, temos a luta dos Amigos do Ned contra Sor Arthur Dayne, um dos melhores espadachins dos Sete Reinos, que mostra toda a sua habilidade em tela. Bran narra o que foi lhe contado: o pai derrotara Arthur, mas não é o que vemos, vemos Howland Reed apunhalando o Espada da Manhã pelas costas. Mais um ato desonroso para Eddard da Casa Stark? Acho que não, mais provável que o lobo tenha sustentado tal história para proteger o amigo que lhe salvou a vida, para não desonrar Howland. Espero podermos conhecer Howland na série, apenas ele, ao que parece, poderia nos revelar o que acontecera realmente com Lyanna quando Ned subiu aquela Torre. Porque, se depender do Corvo de Três Olhos não saberemos ao certo o que aconteceu, ficaremos apenas nas teorias (o que amamos).

Antes de Ned subir as escadas da Torre, Bran o chama, o personagem hesita em sua subida, parece ter ouvido algo, ou fora o vento? Não me parece que GRRM ou D&D queiram mexer com viagens no tempo ou coisas do tipo, mas é claro que Bran conseguiu interagir com o passado, mas até onde o poder de visão verde dele pode ir?

“O passado já está escrito. A tinta está seca”

Sansa não deu as caras nesse episódio, mas pela promo vemos que ela chega a algum lugar, que especulamos ser Castelo Negro, afinal é para onde ela segue. Vemos também Theon tendo uma conversa super amigável com sua irmã. Aguardo o encontro de Sansa com Jon, ela que nunca fora muito ligada ao bastardo verá nele sua referência mais próxima de familiar, até mesmo um irmão. Mesmo com Theon tendo contado a verdade sobre Rickon e Bran não terem sido mortos por ele, quem garante a sobrevivência de seus dois irmãos menores?

“Eu tinha uma escolha, Senhor Comandante: trair você ou trair a patrulha da noite”

Quem dita a sentença tem que brandir a espada, já dizia Eddard, e Jon aprendeu bem, com um golpe de espada ele executa quatro de seus companheiros por traição. Inclusive Olly, com quem não troca palavras, apenas olhares, tristeza, ódio, confusão, tudo isso expressado por olhares.


Terei que elogiar a atuação do Kit. Kit estava muito bem em cena. Fim do elogio ao Kit.

Ah, e uma coisa que todos especulavam foi dita: “Minha Vigia terminou”. Jon não tem mais débitos com a patrulha, vide Juramento dos Patrulheiros:

“A noite chega, e agora começa a minha vigia. Não terminará até a minha morte. Não tomarei esposa, não possuirei terras, não gerarei filhos. Não usarei coroas e não conquistarei glórias. Viverei e morrerei no meu posto. Sou a espada na escuridão. Sou o vigilante nas muralhas. Sou o fogo que arde contra o frio, a luz que traz consigo a alvorada, a trombeta que acorda os que dormem, o escudo que defende os reinos dos homens. Dou a minha vida e a minha honra à Patrulha da Noite, por esta noite e por todas as noites que estão para vir”

Jon Snow já morreu, sua vigia terminou, mas para onde ele irá? Winterfell? Resgatar Rickon?

Em Winterfell, Ramsay, agora Protetor do Norte, recebe um presente inusitado dos Umber: Rickon Stark e Osha. Lorde Umber também traz a cabeça de Cão Felpudo para provar a Ramsay que o garoto se tratava de Rickon realmente. Um misto de alegria e tristeza me tomou, a volta do Stark perdido, mas agora ele está em poder dos Bolton. A ideia que me veio a cabeça logo em seguida foi: os Umber estão armando para se vingar dos Bolton por algum motivo: MAS PRA QUÊ?!? O que eles teriam de rancor dos Bolton? Alguém deles estava no Casamento Vermelho? O citado pai, que apoiou Robb, foi morto no Casamento Vermelho? Mas, por outro lado, o motivo dele é bem plausível, concreta demais, seria uma surpresa acaso isso fosse um plano para trair os Bolton e colocar os Starks no poder novamente por meio do Rickon. Mas me parece pouco provável, a iminência da Batalha dos Bastardos é cada vez maior e, a presença do Rickon em Winterfell, pode ser o estopim dessa Batalha.

Muita ansiedade e expectativa com esse núcleo que está cada vez mais ligado.

Resta saber o que acontecerá com o Jovem Stark enquanto está em poder do personagem mais sádico de toda a história de Game of Thrones (e, talvez, da televisão). Que os Deuses antigos protejam Rickon e Osha.

PORTO REAL

Primeiramente, chamei Sor Gregor de Robert, o Forte, que é como ele é chamado nos livros depois de seu retorno, perdoem o engano. Mas continuemos.

Qyburn toma para si os passarinhos de Varys que, ora vejam só, eram crianças de rua, pequenas crianças coletando histórias por toda Porto Real, agora em poder de Qyburn. Cersei e Jaime, depois da morte de Myrcella, estão cada vez mais juntos, como em tempos antigos. Cersei mostra que está cada vez mais paranoica e vingativa, a Rainha Mãe mostra que ainda tem muito o que fazer.

Depois da conversa com Qyburn, os irmãos e Sor Gregor se dirigem a reunião do Pequeno Conselho onde se encontram: Grande Meistre Pycelle, Olenna Tyrell, Mace Tyrell e Kevan Lannister. Olenna, como sempre, prova que não detém o apelido de Rainha dos Espinhos por nada, ela é cheia de pequenos comentários pontuais que muito me divertem. Cersei chega lá com toda a banca e Kevan puxa a reunião para outro lugar porque, claramente, ele não era obrigado a permanecer ali com seus sobrinhos autodestrutivos.

Cersei busca vingança e agora tem Jaime de volta para ajudá-la a conseguir o que quer, mas a Rainha Mãe vê inimigos até em sua sombra, medo se torna obsessão, obsessão se torna paranoia. A felicidade dela já se transformou em cinzas em sua boca há tempos.

Tommen e o Alto Pardal tem um diálogo intenso. O Reizinho chega quente, mas o Alto pardal, claramente, estava fervendo.

Inclusive, o bastardo cita uma grande frase de seu falecido irmão: “I am the king”. Na minha cabeça Tywin Lannister ecoa, colocando Joffrey em seu lugar. Aqui o Alto Pardal coloca Tommen a seu lado. A militância da Fé vem ganhando cada vez mais força e espaço na série e um aprofundamento maior nessa Religião seria bem interessante para o núcleo, espero que juntamente com Sam na Cidadela possamos ter mais sobre religiões em geral.

Foi muito boa a cena, as fases da conversa. A chegada, com o Rei muito obstinado, irritado e decidido a fazer valer a sua vontade. O duelo de vontades, Tommen exigindo do Alto Septão e se aproximando cada vez mais do homem. O Septão afastando os guardas, Tommen também o fazendo. A conversa sobre a mãe e a Mãe e esse amor de outro mundo, muito bonito, inclusive. O Pardal se sentando e, com o tempo trazendo Tommen para o seu lado. Brilhante. Não que o Leão seja muito difícil de se manipular, mas de qualquer forma a cena foi muito boa. Espero ainda mais participação da Fé na política westerosi porque, sabemos, quando misturamos política com religião temos 110% de certeza que isso não terminará bem e, no fundo, eu adoro essas intrigas todas.

ATRAVÉS DO MAR ESTREITO

Sam deve estar pelo Mar Estreito também.

Arya FINALMENTE, termina seu treinamento, recobra a visão e já está bem na série de novo. Depois de dois episódios em que sua história parecia não andar, Ninguém volta a Casa do Preto e Branco onde se tornará uma assassina (se o Deus de Muitas Faces assim permitir). Muito bom vê-la contando de sua vida na terceira pessoa, lembrando de seus irmãos e irmã, a menina acha que não tem mais ninguém no mundo, vive seus desejo de vingança intensamente, mas treina não só para se vingar, mas para ter uma utilidade para a sua vida.

Danyela chega até Vaes Dothrak e é deixada em Dosh Khaleen com as outras viúvas de khals antigos. É bem legal explorar mais do universo dos dothrakis, que tem tradições e protocolos mesmo sendo um povo mais bárbaro. As coisas parecem que vão apertar para Dany com a chefe das viúvas, mas também, depois de chegar no Khal Moro falando todos os seus títulos ela tenta bancar a última bolacha do pacote sendo a viúva do Grande Khal Drogo, porém a chefe das viúvas a pôs em seu lugar. O destino de Dany é um dos que me parece mais certo, seu dragão deve surgir nos céus de Vaes Dothrak e os khalasares de curvarem ante a sua magnanimidade e seguir em direção a Meereen e salvar a cidade dos seus inimigos: Astapor e Yunkai.

Em Meereen, Varys mostra toda sua habilidade de Mestre dos Sussurros e Tyrion tenta se enturmar com Missandei e Verme Cinzento, inclusive, desistiram do plot dos pombinhos (obrigado D&D). É tão bom ver esses bastidores, como Varys consegue informações, as suas jogadas. Acho muito bom desmistificar esses personagens como Varys e Mindinho (inclusive, Lorde Baelish dará as caras no próximo episódio). Foi engraçada a tentativa de interação de Tyrion, o anão parece estar bem deslocado em Meereen, tentando entender o que deve fazer e seguindo o caminho do contragolpe, descobrindo qual é o verdadeiro inimigo, essa parte da história parece parada há tanto tempo que eu não fico tão ansioso para o futuro desse núcleo na série.

CONCLUSÃO

Nesses três primeiros episódios GoT nos apresentou consistência e velocidade, não me canso de elogiar essa temporada. A velocidade dos acontecimentos é assombrosa também. Muita coisa acontecendo, ou prestes a acontecer.

Temos duas famílias extintas, Baratheon e Martell, umas que só tem um único herdeiro que é bem fraco de saúde, Arryn, e muito o que acontecer. Ainda faltam sete episódios e muita água deve correr, falando em águas correndo, será que veremos Correrio ainda nessa primeira metade da temporada? Ansioso para ver o Peixe Negro e saber o que aconteceu com Edmund Tully, afinal, continua preso? Já passou da hora de termos umas respostas desses arcos há muito esquecidos.

Até a próxima semana, em algum dia. Prometo.

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