18jul • 15 lançamento, Novo Conceito, parceria, resenha

Resenha #100 Eu te darei o Sol

Título: Eu te darei o Sol
Autor: Jandy Nelson
Editora: Novo Conceito
Páginas: 384
Gênero: YA
Classificação: 3 estrelas

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Sinopse: Noah e Jude competem pela afeição dos pais, pela atenção do garoto que acabou de se mudar para o bairro e por uma vaga na melhor escola de arte da Califórnia.
Mal-entendidos, ciúmes e uma perda trágica os separaram definitivamente. Trilhando caminhos distintos e vivendo no mesmo espaço, ambos lutam contra dilemas que não têm coragem de revelar a ninguém.
Contado em perspectivas e tempos diferentes, EU TE DAREI O SOL é o livro mais desconcertante de Jandy Nelson. As pessoas mais próximas de nós são as que mais têm o poder de nos machucar.

Hey pessoal! Como estão?

Hoje a resenha é sobre um dos lançamento mais esperados por essa que vos escreve rsrs.

Quando chegou a notícia que a Novo Conceito iria trazer o mais recente lançamento da Jandy Nelson eu fiquei muito empolgada porque amei “O céu está em todo lugar”, sua primeira obra e é um livro que volta e meia releio porque amei demais, então ‘Eu te darei o sol’ me encheu de esperanças de que iria se tornar o meu mais novo queridinho…

A história tem uma premissa muito interessante, nós conhecemos os gêmeos Noah e Jude que são extremamente ligados e ao mesmo tempo não são. Os irmãos se amam e se sabotam na mesma medida, é uma relação complicada e que não gerou muita simpatia em mim.
O livro é contado na visão dos gêmeos em duas épocas diferentes, entre os 13 e 14 anos pelo Noah e aos 16 pela Jude. Um evento muito importante entre essa época é o que marca a mudança na interação entre eles.

Pela visão do Noah de 13 anos, nós conhecemos um adolescente fascinado pela arte, com um talento enorme mas muito tímido, sem amigos além de sua irmã, com uma relação conturbada com o pai e mais ainda com respeito a sua própria sexualidade. Por outro lado nós temos Jude, que é uma garota popular, com vários amigos, linda e que ama esculpir, mas mantém isso em segredo por sentir que seria eclipsada pelo grande talento do irmão.

Aos 16, com o livro sendo contado através do ponto de vista da Jude, nós percebemos que algo muito grande aconteceu e isso alterou a personalidade dos irmãos. Agora Jude é a garota sem amigos, que se esconde em baixo de roupa largas e nada atrativas, vive para sua arte como uma forma de se redimir de atitudes do passado recente. Noah também está muito diferente, ele se tornou um cara popular e nunca mais tocou em um pincel.

“Ao contrário de quase qualquer outra pessoa no planeta, desde as nossas primeiras células estávamos juntos, viemos para este mundo juntos. (…) Quando não nos desenho assim, eu nos desenho como pessoas pela metade”

O que os fez mudar tanto e em tão pouco tempo é o mistério que vamos desvendando ao longo das páginas. A certeza que nós temos é que ambos estão vivendo uma mentira e pior, estão soterrados em tanta culpa que só a verdade poderá libertá-los.

A escrita da Jandy Nelson é muito poética, por ela ser uma poetisa ela traz um lirismo para a sua obra, eu particularmente amo isso. Parece que você está em outro mundo, não simplesmente sendo levado para outros lugares como os livros costumam fazer, mas elevando a alma… é uma delícia e isso foi o que me fez ser fã dessa escritora. Infelizmente não consegui apreciar tanto “Eu te darei o Sol” porque tive a sensação de olhar através de uma janela embaçada uma história já publicada. Talvez por ela entrar em um tema semelhante ao de sua primeira obra: a competição subentendida entre irmãos, o lidar com o luto… Outro aspecto que não gostei foi o caráter extremamente duvidoso dos personagens, não só dos gêmeos como também dos pais e seus interesses amorosos.

Outro detalhe que me incomodou ao ponto do desespero foi a divisão que não é feita por capítulos e sim pelos pontos de vista de cada um. Eu tenho um leve TOC que não me permite parar de ler até terminar o capítulo, então fiquei muito nervosa mesmo quando via o tamanho do ‘capítulo’ (loucura), parecia que não ia ter fim, mas ao mesmo tempo é um incentivo para ler mais ‘rápido’, tanto que concluí a leitura em um dia e meio.

“Encontrar sua alma gêmea é como entrar numa casa onde você já esteve – você vai reconhecer a mobília, os quadros na parede, os livros nas prateleiras, as coisas nas gavetas: você é capaz de se localizar no escuro se precisar.”

Bom, tirando esses detalhes, Eu te darei o Sol é um livro muito bonito, com uma narrativa encantadora, que trata de assuntos complicados como amor, sinceridade e lealdade. Meu único problema foi não ter conseguido me conectar com os personagens, eu tenho um irmão mais velho, a nossa diferença de idade é muito pouca, então eu conseguia ver a relação de irmãos entre os gêmeos, mas ao mesmo tempo as sabotagens que um cometia contra o outro me causava um desgosto enorme, mas ao final eles conseguiram me conquistar e acredito que irão conquistá-lo também.

“- Você é artista?
– Sou uma confusão, é isso o que sou”

Leiam também “O céu está em todo lugar”
Ah, e a Jandy já está preparando um livro novo chamado “Fall Boys & Dizzy in Paradise“, com previsão de lançamento lá fora em 2017… tá longe, mas já estou ansiosa!

Até breve!
Xoxo

 

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