03ago • 14 resenha, Rocco

Resenha #45 Duas Vezes Amor

Título: Duas Vezes Amor
Autor: Karie Cotugno
Editora: Rocco
Classificação: 4 estrelas

Sinopse: “É possível se apaixonar duas vezes pela mesma pessoa? Em Duas vezes amor, elogiado romance de estreia da norte-americana Katie Cotugno, a jovem Reena descobre que sim. Aos 16 anos, ela vê seus sonhos interrompidos por uma inesperada gravidez, ao mesmo tempo em que enfrenta a ausência da mãe, que morreu quando Reena era criança, a indiferença do pai e o sumiço do namorado, Sawyer. Mas quando ele retorna à cidade, dois anos depois, e fica sabendo que é pai de uma menina, Reena tem a chance de tentar entender o que levou o garoto a desaparecer. E desse reencontro, os dois descobrem o amor pela segunda vez.” 

 

Falamos desse livro em uma das nossas edições de “Waiting For…” e de cara a sinopse me atraiu. Esses relacionamentos mal resolvidos sempre chamam a minha atenção, e foi impossível resistir a Duas Vezes Amor.
A história é narrada em dois períodos, o Antes e o Depois. Em um primeiro momento, confesso, fiquei confusa por causa da linha cronológica. Os eventos se misturaram um pouco, mas ao longo dos capítulos a compreensão foi ficando mais clara. Essa forma de escrita me deixou curiosa quanto à forma, se a autora escreveu cada parte separada e depois foi interligando os capítulos ou se foi na ordem em que o livro está formatado… gostaria muito MESMO de perguntar a Katie como foi a mecânica desse livro, enfim… vamos à história.

Logo de cara somos apresentados aos protagonistas num encontro extremamente casual no supermercado, confesso que boiei muito pra entender todo o drama que a Reena faz por conta desse encontro, acredito ter sido intencional da escritora essa confusão do início para instigar a curiosidade do leitor – se não foi… we have a problem! Enfim, funciona. Funcionou comigo e deve funcionar com você também.
Sawyer e Reena se conhecem a vida toda, as famílias são amigas a anos, relações estreitas do tipo ‘vamos passar as férias, festas e afins juntos’ e a Reena tem essa paixão avassaladora pelo Sawyer eternamente. Ele faz o tipo bad boy, meio atormentado na adolescência que a deixa maluca. A relação deles é meio estranha, não de um jeito ruim, mas pela forma como foi construída. Muitas coisas não ditas durante o ‘Antes’ afetam diretamente o ‘Depois’, esse foi um dos pontos que mais gostei durante a leitura, é interessante refletir os caminhos que somos levados e que poderiam ser alterados por simples palavras.

 

“- Ah, eu reparei.
– Não reparou.
– Sua aparência jamais passou despercebida por mim. Nada que dissesse respeito a você, minha querida, jamais passou despercebido por mim.”

 

Outra coisa que acontece no livro é o julgamento que a Reena enfrenta,  Sawyer simplesmente desaparece a deixando para lidar com a gravidez e a família de ambos, com o pai muito religioso, então imaginem o quão complicado é e todo grande ressentimento que existe em ambas as famílias…
Não entrarei em mais detalhes pra não spoilar mais, mas é um livro com uma certa dose drama que te faz refletir, eu me peguei em diversas partes me colocando no lugar da Reena e me questionando o que faria, como lidaria com tudo o que aconteceu na vida dela

 

“- Você não se cansa?
– De quê?
– De ser quem todos pensam que é.”
Indico muito, me prendeu em cada página e sai bem do clichê de que as relações só acabam por causa de traições etc e tal. Sobre segundas chances e pra quem acredita ou não nelas. Leiam!




 

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